Economia

Governo quer forçar Espanha a reduzir restrições a brasileiros

Ministro Antonio Patriota ameaçou dificultar a entrada de espanhóis no país caso a situação não mude

O Brasil negocia com a Espanha o fim das restrições (Stock.XCHNG)

O Brasil negocia com a Espanha o fim das restrições (Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 15h30.

Brasília – Em busca do fim das restrições a brasileiros na Espanha, o governo do Brasil estuda adotar um mecanismo denominado de reciprocidade em relação aos espanhóis que tentam ingressar no país. A afirmação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. O chanceler disse hoje (15) que a alternativa só será adotada quando todas as negociações forem esgotadas.

Patriota afirmou que as negociações com a Espanha se intensificaram e houve uma queda no número de brasileiros proibidos de ingressar naquele país. Segundo ele, no passado, a média mensal era de 250 brasileiros impedidos de entrar na Espanha. Agora, de acordo com o chanceler, este número caiu para cerca de 140 pessoas por mês.

Ao mesmo tempo, as autoridades brasileiras passaram a informar detalhadamente todas as exigências feitas pela Espanha para o ingresso naquele país. Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara, o chanceler afirmou que há um esforço conjunto de vários setores dos dois governos para reduzir as dificuldades.

Patriota reconheceu que ainda há obstáculos no processo de negociação por consenso. Do lado brasileiro, as articulações são conduzidas pelos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça. “[Mas] vamos ver se o número de inadmissões [impedimentos] de brasileiros na Espanha continua caindo.”.

O assunto foi tema de uma longa reunião, no mês passado, de Patriota com a ministra das Relações Exteriores da Espanha, Trinidad Jiménez. Durante a conversa, o brasileiro lembrou que há relatos de várias situações humilhantes vividas por brasileiros na Espanha.

O chanceler acrescentou ainda que tem aumentado o número de espanhóis que visitam o Brasil. Segundo o ministro, eles vêm ao Brasil em busca de turismo, mas também para procurar emprego.

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