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Governo prepara novo pacote trabalhista de R$ 10 bi

Manoel Dias anunciou que ministério deve lançar 10 programas que, juntos, devem gerar mais de R$ 10 bilhões em arrecadação extra para fundos dos trabalhadores

Manoel Dias: dois programas serão lançados na quarta-feira, afirmou ministro (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 17h36.

São Paulo - O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), anunciou nesta segunda-feira, 9, que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve lançar, até o final de março, 10 programas que, juntos, devem gerar mais de R$ 10 bilhões em arrecadação extra para os fundos dos trabalhadores e, consequentemente, para a Previdência Social.

A maioria desses projetos visa aumentar a fiscalização nos benefícios trabalhistas.

Esse montante deverá se somar aos R$ 18 bilhões que o governo pretende economizar por ano com as recentes mudanças nos benefícios trabalhistas e previdenciários.

Dias falou após participar de reunião na sede da Força Sindical. Disse que dois programas serão lançados na quarta-feira, 11.

O primeiro será a implantação da fiscalização eletrônica de empresas. A previsão é de que o total de companhias fiscalizadas aumente de 200 mil para 800 mil.

O programa deverá gerar uma arrecadação extra de R$ 2,7 bilhões. Durante encontro com sindicalistas, ele havia falado em R$ 2,6 bilhões, mas corrigiu.

"O auditor vai poder fiscalizar mil empresas ao mesmo tempo sem sair do local de trabalho", disse.

O segundo programa a ser lançado na próxima quarta-feira será o de combate ao trabalho informal.

A estimativa é de que o projeto inclua mais de 500 mil trabalhadores na formalidade somente em 2015.

Aumento que deverá render perto de R$ 2,6 bilhões de arrecadação extra aos fundos dos trabalhadores.

Em discurso aos sindicalistas mais cedo, ele havia citado R$ 2,5 bilhões, mas corrigiu posteriormente.

"E a ideia é aumentar esses números nos outros anos", afirmou.

Doenças profissionais

Um terceiro programa, ainda sem data prevista para ser lançado, será o que prevê aumentar a fiscalização contra as chamadas "doenças profissionais".

De acordo com o ministro do Trabalho, o governo gasta atualmente R$ 70 bilhões com pagamentos de benefícios a trabalhadores que possuem essas doenças.

A ideia é dar mais rigor à concessão desses benefícios. O programa deverá gerar uma arrecadação extra de R$ 1,2 bilhão para os fundos dos trabalhadores em 2015.

Outro programa citado por Dias será o que prevê a digitalização de multas aplicadas aos trabalhadores e empresas.

Segundo ele, atualmente há cerca de 400 mil multas não cobradas. "A digitalização delas vai simplificar e facilitar a cobrança", explicou.

Ainda não há previsão de quanto a medida deverá gerar de arrecadação extra. "Estamos criando ferramentas para combater fraudes. No caso do seguro-desemprego, queremos também implantar a biometria e o pagamento de benefícios por poupança", acrescentou, sem no entanto dar maiores detalhes.

Abono salarial

Segundo o ministro, ainda não há proposta fechada de mudança na regra de concessão do abono salarial.

No início de fevereiro, foi veiculado na imprensa que o governo estaria estudando fatiar o pagamento do benefício em 12 meses. Atualmente, o abono salarial do PIS é creditado em quatro datas no segundo semestre de cada ano.

O objetivo com a mudança seria alongar o novo prazo até junho do ano seguinte.

Com isso, cerca de metade dos R$ 10,125 bilhões estimados pelo governo como gasto com abono neste ano seria empurrada para 2016.

A proposta que está sendo estudada não foi incluída na Medida Provisória (MP) que mudou as regras do seguro-desemprego, anunciada no fim de 2015.

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São Paulo - O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), anunciou nesta segunda-feira, 9, que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve lançar, até o final de março, 10 programas que, juntos, devem gerar mais de R$ 10 bilhões em arrecadação extra para os fundos dos trabalhadores e, consequentemente, para a Previdência Social.

A maioria desses projetos visa aumentar a fiscalização nos benefícios trabalhistas.

Esse montante deverá se somar aos R$ 18 bilhões que o governo pretende economizar por ano com as recentes mudanças nos benefícios trabalhistas e previdenciários.

Dias falou após participar de reunião na sede da Força Sindical. Disse que dois programas serão lançados na quarta-feira, 11.

O primeiro será a implantação da fiscalização eletrônica de empresas. A previsão é de que o total de companhias fiscalizadas aumente de 200 mil para 800 mil.

O programa deverá gerar uma arrecadação extra de R$ 2,7 bilhões. Durante encontro com sindicalistas, ele havia falado em R$ 2,6 bilhões, mas corrigiu.

"O auditor vai poder fiscalizar mil empresas ao mesmo tempo sem sair do local de trabalho", disse.

O segundo programa a ser lançado na próxima quarta-feira será o de combate ao trabalho informal.

A estimativa é de que o projeto inclua mais de 500 mil trabalhadores na formalidade somente em 2015.

Aumento que deverá render perto de R$ 2,6 bilhões de arrecadação extra aos fundos dos trabalhadores.

Em discurso aos sindicalistas mais cedo, ele havia citado R$ 2,5 bilhões, mas corrigiu posteriormente.

"E a ideia é aumentar esses números nos outros anos", afirmou.

Doenças profissionais

Um terceiro programa, ainda sem data prevista para ser lançado, será o que prevê aumentar a fiscalização contra as chamadas "doenças profissionais".

De acordo com o ministro do Trabalho, o governo gasta atualmente R$ 70 bilhões com pagamentos de benefícios a trabalhadores que possuem essas doenças.

A ideia é dar mais rigor à concessão desses benefícios. O programa deverá gerar uma arrecadação extra de R$ 1,2 bilhão para os fundos dos trabalhadores em 2015.

Outro programa citado por Dias será o que prevê a digitalização de multas aplicadas aos trabalhadores e empresas.

Segundo ele, atualmente há cerca de 400 mil multas não cobradas. "A digitalização delas vai simplificar e facilitar a cobrança", explicou.

Ainda não há previsão de quanto a medida deverá gerar de arrecadação extra. "Estamos criando ferramentas para combater fraudes. No caso do seguro-desemprego, queremos também implantar a biometria e o pagamento de benefícios por poupança", acrescentou, sem no entanto dar maiores detalhes.

Abono salarial

Segundo o ministro, ainda não há proposta fechada de mudança na regra de concessão do abono salarial.

No início de fevereiro, foi veiculado na imprensa que o governo estaria estudando fatiar o pagamento do benefício em 12 meses. Atualmente, o abono salarial do PIS é creditado em quatro datas no segundo semestre de cada ano.

O objetivo com a mudança seria alongar o novo prazo até junho do ano seguinte.

Com isso, cerca de metade dos R$ 10,125 bilhões estimados pelo governo como gasto com abono neste ano seria empurrada para 2016.

A proposta que está sendo estudada não foi incluída na Medida Provisória (MP) que mudou as regras do seguro-desemprego, anunciada no fim de 2015.

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