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Governo pode mudar diretoria da Petrobras, diz Ideli

As alterações em mais de 40 cargos de primeiro e segundo escalão em estatais vão atender aos pedidos da base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff

Ideli foi nomeada para a pasta de Relações Institucionais em 10 de junho (Waldemir Barret/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 21h53.

São Paulo - O governo está negociando mudanças em mais de 40 cargos de primeiro e segundo escalão em empresas estatais, incluindo a diretoria da Petróleo Brasileiro SA, bancos e companhias de energia, disse a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

As alterações em estatais vão atender os pedidos da base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, que negocia a mudança de cargos da área econômica com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e das empresas estatais do setor energético, inclusive Petrobras, com o ministro de Energia Edison Lobão, segundo a ministra. Só serão feitos os ajustes que forem “absolutamente necessários”, disse a ministra.

“Esperamos fazer ajuste o mais rapidamente possível porque já estamos na metade do semestre”, disse a ministra a repórteres hoje em Brasília. Só serão feitos os ajustes que forem “absolutamente necessários”, disse a ministra. “Há pedidos na área econômica, diretorias de banco, no sistema elétrico, na Petrobras, pedidos de diretoria.”

Segundo Rafael Cortez, analista político da Tendências Consultoria, a presidente precisa da base aliada para impedir a aprovação de projetos que signifiquem aumento de gastos para o governo, como a possível criação de um imposto para a saúde e a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 300, que estabelece piso salarial nacional para os policiais estaduais.

Negociação

“O governo vai dar uma série de passos para costurar de forma mais eficiente a relação com a base aliada”, disse Cortez em entrevista por telefone, de São Paulo.


Ideli foi nomeada para a pasta de Relações Institucionais em 10 de junho, substituindo Luiz Sérgio Oliveira, transferido para o ministério da Pesca. A mudança foi feita dois dias após a presidente escolher a senadora Gleisi Hoffmann, do Partido dos Trabalhadores do Paraná, para substituir Antonio Palocci na Casa Civil.

Dilma deve anunciar também nos próximos dias o nome do novo líder do governo no Congresso, disse Ideli.

“Eu imagino que tenhamos decisão em breve até porque, em termos de Congresso, temos votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estamos praticamente no limite”, disse a ministra. “Se não houver votação da LDO, não teremos recesso. Votação da LDO sem líder no Congresso ficará difícil.”

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“Esperamos fazer ajuste o mais rapidamente possível porque já estamos na metade do semestre”, disse a ministra a repórteres hoje em Brasília. Só serão feitos os ajustes que forem “absolutamente necessários”, disse a ministra. “Há pedidos na área econômica, diretorias de banco, no sistema elétrico, na Petrobras, pedidos de diretoria.”

Segundo Rafael Cortez, analista político da Tendências Consultoria, a presidente precisa da base aliada para impedir a aprovação de projetos que signifiquem aumento de gastos para o governo, como a possível criação de um imposto para a saúde e a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 300, que estabelece piso salarial nacional para os policiais estaduais.

Negociação

“O governo vai dar uma série de passos para costurar de forma mais eficiente a relação com a base aliada”, disse Cortez em entrevista por telefone, de São Paulo.


Ideli foi nomeada para a pasta de Relações Institucionais em 10 de junho, substituindo Luiz Sérgio Oliveira, transferido para o ministério da Pesca. A mudança foi feita dois dias após a presidente escolher a senadora Gleisi Hoffmann, do Partido dos Trabalhadores do Paraná, para substituir Antonio Palocci na Casa Civil.

Dilma deve anunciar também nos próximos dias o nome do novo líder do governo no Congresso, disse Ideli.

“Eu imagino que tenhamos decisão em breve até porque, em termos de Congresso, temos votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estamos praticamente no limite”, disse a ministra. “Se não houver votação da LDO, não teremos recesso. Votação da LDO sem líder no Congresso ficará difícil.”

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