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Governo espanhol impõe drástica reforma para sanear bancos

A Espanha decidiu nesta sexta-feira impor aos bancos provisões adicionais no valor de 30 bilhões de euros

O governador do Banco da Espanha (E) e o ministro da Economia, Luis de Guindos (Keld Navntoft/Scanpix/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 10h45.

Madri - O governo espanhol decidiu nesta sexta-feira impor aos bancos provisões adicionais no valor de 30 bilhões de euros e a separação em seus balanços dos ativos imobiliários, tóxicos ou suscetíveis de chegar a essa condição no futuro pela desvalorização do mercado após o estouro da bolha.

Em uma primeira fase da reforma financeira, o Executivo presidido pelo conservador Mariano Rajoy já havia imposto aos bancos em fevereiro provisões de um valor de 53,8 bilhões de euros.

Agora "o nível de provisões passará de 7% para 30% até o final de 2012" nos ativos considerados "não problemáticos", mas que podem ficar nessa condição no futuro, o que representará um aumento de 30 bilhões de euros, anunciou em uma entrevista coletiva à imprensa o ministro da Economia, Luis de Guindos, após um conselho de ministros.

As instituições bancárias espanholas carregam um fardo de 184 bilhões de euros (cerca de 238 bilhões de dólares) de ativos "problemáticos" por seu valor incerto (créditos de reembolso duvidoso, imóveis confiscados em um mercado desvalorizado), que representam 60% de sua carteira.

Esta fragilidade do setor provoca preocupação nos mercados a respeito da saúde da economia espanhola, principalmente depois de nesta semana Madri ter resgatado o Bankia, quarto maior banco do país e o mais exposto dos grandes bancos aos ativos imobiliários problemáticos (31,8 bilhões de euros).

Para sanear o setor, o governo decidiu uma medida, que "será obrigatória para todas as instituições", que consiste em colocar estes ativos imobiliários em agências especializadas e separadas dos bancos, disse De Guindos.

O executivo também decidiu "encarregar dois avaliadores independentes de uma avaliação de todos os balanços das entidades financeiras" para analisar seus ativos imobiliários, disse a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría.

Essas medidas têm por objetivo "dar credibilidade e confiança ao nosso sistema financeiro, conseguir a venda de casas a preços de mercado e a volta do crédito", afirmou Sáenz de Santamaría.

O Ministério da Economia anunciou na quarta-feira uma nacionalização parcial do Bankia, por meio da transformação em ações de 4,465 bilhões de euros emprestados em 2010 pelo fundo de ajuda pública ao setor financeiro (FROB) ao Banco Financeiro e de Poupança, proprietário de 45% do Bankia.

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Em uma primeira fase da reforma financeira, o Executivo presidido pelo conservador Mariano Rajoy já havia imposto aos bancos em fevereiro provisões de um valor de 53,8 bilhões de euros.

Agora "o nível de provisões passará de 7% para 30% até o final de 2012" nos ativos considerados "não problemáticos", mas que podem ficar nessa condição no futuro, o que representará um aumento de 30 bilhões de euros, anunciou em uma entrevista coletiva à imprensa o ministro da Economia, Luis de Guindos, após um conselho de ministros.

As instituições bancárias espanholas carregam um fardo de 184 bilhões de euros (cerca de 238 bilhões de dólares) de ativos "problemáticos" por seu valor incerto (créditos de reembolso duvidoso, imóveis confiscados em um mercado desvalorizado), que representam 60% de sua carteira.

Esta fragilidade do setor provoca preocupação nos mercados a respeito da saúde da economia espanhola, principalmente depois de nesta semana Madri ter resgatado o Bankia, quarto maior banco do país e o mais exposto dos grandes bancos aos ativos imobiliários problemáticos (31,8 bilhões de euros).

Para sanear o setor, o governo decidiu uma medida, que "será obrigatória para todas as instituições", que consiste em colocar estes ativos imobiliários em agências especializadas e separadas dos bancos, disse De Guindos.

O executivo também decidiu "encarregar dois avaliadores independentes de uma avaliação de todos os balanços das entidades financeiras" para analisar seus ativos imobiliários, disse a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría.

Essas medidas têm por objetivo "dar credibilidade e confiança ao nosso sistema financeiro, conseguir a venda de casas a preços de mercado e a volta do crédito", afirmou Sáenz de Santamaría.

O Ministério da Economia anunciou na quarta-feira uma nacionalização parcial do Bankia, por meio da transformação em ações de 4,465 bilhões de euros emprestados em 2010 pelo fundo de ajuda pública ao setor financeiro (FROB) ao Banco Financeiro e de Poupança, proprietário de 45% do Bankia.

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