Economia

Governo eleva em 30% previsão de receitas extraordinárias

Segundo estimativas, reduções nas projeções de receitas de impostos foram compensadas pela previsão de aumento de R$ 12,5 bilhões com a reabertura do Refis


	Containers para exportação: governo luta para cumprir a meta ajustada de superávit primário deste ano
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Containers para exportação: governo luta para cumprir a meta ajustada de superávit primário deste ano (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 17h18.

Brasília - O governo elevou sua projeção de receitas extraordinárias para este ano, a 24,338 bilhões de reais, quase 30 por cento a mais do que a estimativa anterior, de 18,744 bilhões de reais para o período, num contexto de piora das contas públicas brasileiras.

Segundo o Relatório de Receitas e Despesas do 2º bimestre divulgado nesta quinta-feira, houve reduções significativas nas projeções de receitas via Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação, compensadas pela previsão de aumento de 12,5 bilhões de reais em receitas extras com a reabertura do Refis da Crise.

O governo incluiu essa previsão enquanto ainda tramita no Congresso a Medida Provisória que estabelece a reabertura do refinanciamento das dívidas.

A MP 638, que prevê limites de 10 e 20 por cento de entrada para a adesão ao refinanciamento, ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado. Com cenário de desaceleração econômica e inflação elevada, o governo luta para cumprir a meta ajustada de superávit primário deste ano, de 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Pesa ainda a desconfiança dos agentes econômicos sobre a política do governo, após o uso de mecanismos fiscais recentemente usados para fechar as contas. Em 12 meses encerrados em março, a economia para o pagamento dos juros da dívida estava em 1,75 por cento do PIB.

Pelo relatório divulgado agora, em conjunto com os ministérios do Planejamento e da Fazenda, o governo também piorou sua estimativa para o IPCA neste ano a 5,60 por cento, sobre 5,30 por cento na conta anterior. Mas manteve em 2,5 por cento a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Recentemente, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia reduzido a projeção de expansão para este ano a 2,3 por cento.

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