Economia

Governo deve liberar mais R$ 25 bilhões para pagar auxílio emergencial

Previsão inicial não será suficiente para pagar os R$ 600 a todos que têm direito ao benefício durante a pandemia do novo coronavírus

Esplanada dos ministérios: economia estive desembolsar mais 25 bilhões para pagar o auxílio emergencial (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Esplanada dos ministérios: economia estive desembolsar mais 25 bilhões para pagar o auxílio emergencial (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de abril de 2020 às 19h08.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, deve liberar mais R$ 25,7 bilhões para seguir com o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais. Os depósitos foram paralisados pela Caixa Econômica Federal.

Nos últimos dias, o Ministério da Cidadania calculou que o valor liberado até agora era insuficiente para pagar todos os benefícios e, por isso, pediu mais dinheiro.

O governo prepara uma medida provisória (MP) liberando os recursos, que vai se juntar a outros R$ 98 bilhões que já foram autorizados. Com isso, o gasto total subirá R$ 117,8 bilhões.

O cálculo original que embasou as primeiras estimativas do governo, segundo fontes que acompanham de perto o assunto, considerava como beneficiários do auxílio o microempreendedor individual, o contribuinte individual da Previdência Social e pessoas integrantes do Cadastro Único do Governo Federal.

O cálculo original não considerou, porém, as pessoas que ainda não constavam em nenhum registro administrativo público, de acordo com a fonte. Com isso, surgiram novos beneficiários, o que aumento o impacto da medida.

O Ministério da Cidadania avaliou que o número de beneficiários superou as estimativas iniciais. Segundo outra fonte, já na primeira parcela do benefício faltariam 14,7 milhões de pessoas a serem atendidas, sem os novos recursos. Além disso, há custos relativos à operacionalização do auxílio, que estão a cargo da Caixa Econômica Federal e da Dataprev.

A Caixa informou que já  pagou o auxílio para 33,2 milhões de pessoas, o que representa um volume total de R$ 23,5 bilhões. Desse universo, 10,5 milhões são trabalhadores que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania; 13,1 milhões são informais que não aparecem nesse cadastro e 9,6 milhões são beneficiários do Bolsa Família. Os pagamentos começaram no dia 9 de abril.

A antecipação da segunda parcela do auxílio para os trabalhadores informais, que estava programada para iniciar nesta quinta-feira, foi suspensa por falta de dinheiro.

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