Governo central tem déficit primário de R$9,59 bi em agosto
Desempenho veio melhor que a projeção de analistas de um saldo negativo em 16 bilhões de reais
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de setembro de 2017 às 14h50.
Última atualização em 28 de setembro de 2017 às 16h16.
O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,599 bilhões em agosto, melhor desempenho que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 20,302 bilhões.
O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, também foi menor que o déficit de R$ 20,152 bilhões de julho deste ano.
O resultado de agosto foi melhor do que apontava a mediana das expectativas do mercado financeiro, de déficit de R$ 15,600 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 27 instituições financeiras.
O dado do mês passado, no entanto, ficou dentro do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$ 20,270 bilhões a R$ 7,000 bilhões.
Entre janeiro e agosto deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$ 85,805 bilhões, o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 75,995 bilhões.
Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 172,8 bilhões - equivalente a 2,64% do PIB. Para este ano, a nova meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do governo central.
As contas do Tesouro Nacional - incluindo o Banco Central - registraram superávit primário de R$ 7,290 bilhões em agosto. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 27,468 bilhões.
No mês passado, o resultado do INSS foi um déficit de R$ 16,888 bilhões. Já no acumulado do ano, o resultado foi negativo em R$ 113,272 bilhões.
As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 86 milhões em agosto e de R$ 552 milhões no acumulado do ano até o mês passado.
Receitas
O resultado de agosto representa alta real de 17,7% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 4,1%.
No ano até agosto, as receitas do governo central subiram 0,7% ante igual período de 2016, enquanto as despesas aumentaram 0,3% na mesma base de comparação.