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Governo aumenta estimativa e deve prever salário mínimo de R$ 1.509 em 2025

Valor vai constar da proposta orçamentária do próximo ano

BRAZIL - 2020/07/28: In this photo illustration the app Carteira de Trabalho Digital seen displayed on a smartphone. (Photo Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 20h17.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vai aumentar a previsão do salário mínimo em 2025, na proposta orçamentária do próximo ano, que será enviada ao Congresso Nacional no dia 31.

O Ministério da Fazenda vai prever um valor de R$ 1.509, conforme cálculos obtidos pelo GLOBO. Antes, a previsão era de um piso nacional de R$ 1.502 para o ano que vem — esse valor consta no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias ( LDO ) do ano que vem.

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Como algumas questões macroecômicas mudaram, como a previsão de inflação, a estimativa é de um salário mínimo maior.

Caso confirmado, o valor representará uma alta de 6,87% em relação ao piso atual de R$ 1.412.

O salário mínimo real e aumento do piso ainda podem sofrer alterações caso a inflação seja maior ou menor do que o previsto pelo governo, ou o IBGE faça eventuais revisões no desempenho do PIB de 2023.

O aumento está de acordo com o cálculo da política de valorização, nova regra de valorização do salário mínimo. A fórmula leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação calculada no período. O INPC é o índice usado para corrigir o salário mínimo. O governo estima que ele deva alcançar 3,65% acumulado neste ano.

Em 2026, o piso deve ser de R$ 1.595. No ano seguinte, R$ 1.687. Em 2028, R$ 1.783.

Cada R$ 1 de aumento do mínimo, gera mais de R$ 350 milhões em gastos, porque o valor é piso da maior parte das aposentadorias e pensões.

Pressionado reduzir gastos, o governo chegou a discutir internamente desvincular alguns benefícios que são reajustados de acordo com o salário mínimo, o que poderia gerar uma economia nos próximos. Em entrevista ao GLOBO em junho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, citou auxílios vinculados ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), abono salarial, seguro-desemprego, auxílio doença. A iniciativa, contudo, ainda está em discussão.

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