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Governadores saem de encontro com Meirelles sem ajuda extra

Segundo governador de Goiás, Meirelles afirmou que é possível disponibilizar crédito para os Estados que têm o rating do Tesouro entre B, B+ ou B-

Henrique Meirelles: segundo governador de Goiás, o ministro afirmou que é possível disponibilizar crédito para os Estados que têm o rating do Tesouro entre B, B+ ou B- (Adriano Machado / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 19h03.

Brasília - Os governadores que representam os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste saíram do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mais uma vez, sem uma ajuda extra para as contas estaduais.

Representando o Centro-Oeste, o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que o dirigente da Fazenda apenas se comprometeu a apresentar um cronograma de pagamento do Fundo de Apoio às Exportações (FEX). "Ele disse que passa no início da semana caso esteja na programação", disse o governador.

Durante o encontro, os governadores pediram ainda mais crédito . Segundo Perillo, Meirelles afirmou que isso é possível para os Estados que têm o rating do Tesouro entre B, B+ ou B-. Mas não disse quanto está disponível.

Questionado sobre quem dará uma resposta sobre o pedido de auxílio emergencial aos entes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o governador afirmou que essa missão ficará com o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, já que Meirelles irá para a China.

Há 10 dias, os governadores se reuniram com o Executivo federal para pleitear uma ajuda maior e a União ficou de analisar o pleito em 15 dias. "Antecipação ou uma parcela a mais do fundo de participação, eles ficaram de estudar porque é algo que não pode comprometer o déficit de R$ 170,5 bilhões", disse Perillo.

Para o governador do Piauí, Wellington Dias, que também estava presente no encontro, o ministro não apresentou uma posição favorável ao auxílio emergencial como foi o caso do R$ 2,9 bilhões de auxílio extra que o Rio de Janeiro recebeu. Mais uma vez, os governadores ressaltaram a difícil situação fiscal dos Estados.

Segundo Perillo, 11 entes da Federação afirmam não ter como pagar a folha de pagamento nos próximos dias, mas o governador disse que Goiás não está nessa situação. "A situação de muitos Estados é de pré-colapso", afirmou.

Repatriação

O governo sinalizou, mais uma vez, que os Estados serão ajudados com os recursos da repatriação de bens de brasileiros no exterior. Segundo Wellington Dias, o federal governo apresentará aos Estados os repasses em 31 de outubro, com o fim do prazo de adesão ao programa. Dias afirmou ainda que a intenção do governo federal é começar a pagar o repasse da repatrição assim que acabar o programa.

Sem dar uma estimativa precisa, Dias disse ainda que Meirelles trabalha com uma variação "bastante larga". "Tem variações de R$ 8 bilhões a R$ 53 bilhões. É uma banda bastante larga e com base nos estudos de mercado", afirmou.

O governador do Piauí lembrou ainda que o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa estimava R$ 25 bilhões de arrecadação com o programa em 2016.

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Brasília - Os governadores que representam os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste saíram do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mais uma vez, sem uma ajuda extra para as contas estaduais.

Representando o Centro-Oeste, o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que o dirigente da Fazenda apenas se comprometeu a apresentar um cronograma de pagamento do Fundo de Apoio às Exportações (FEX). "Ele disse que passa no início da semana caso esteja na programação", disse o governador.

Durante o encontro, os governadores pediram ainda mais crédito . Segundo Perillo, Meirelles afirmou que isso é possível para os Estados que têm o rating do Tesouro entre B, B+ ou B-. Mas não disse quanto está disponível.

Questionado sobre quem dará uma resposta sobre o pedido de auxílio emergencial aos entes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o governador afirmou que essa missão ficará com o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, já que Meirelles irá para a China.

Há 10 dias, os governadores se reuniram com o Executivo federal para pleitear uma ajuda maior e a União ficou de analisar o pleito em 15 dias. "Antecipação ou uma parcela a mais do fundo de participação, eles ficaram de estudar porque é algo que não pode comprometer o déficit de R$ 170,5 bilhões", disse Perillo.

Para o governador do Piauí, Wellington Dias, que também estava presente no encontro, o ministro não apresentou uma posição favorável ao auxílio emergencial como foi o caso do R$ 2,9 bilhões de auxílio extra que o Rio de Janeiro recebeu. Mais uma vez, os governadores ressaltaram a difícil situação fiscal dos Estados.

Segundo Perillo, 11 entes da Federação afirmam não ter como pagar a folha de pagamento nos próximos dias, mas o governador disse que Goiás não está nessa situação. "A situação de muitos Estados é de pré-colapso", afirmou.

Repatriação

O governo sinalizou, mais uma vez, que os Estados serão ajudados com os recursos da repatriação de bens de brasileiros no exterior. Segundo Wellington Dias, o federal governo apresentará aos Estados os repasses em 31 de outubro, com o fim do prazo de adesão ao programa. Dias afirmou ainda que a intenção do governo federal é começar a pagar o repasse da repatrição assim que acabar o programa.

Sem dar uma estimativa precisa, Dias disse ainda que Meirelles trabalha com uma variação "bastante larga". "Tem variações de R$ 8 bilhões a R$ 53 bilhões. É uma banda bastante larga e com base nos estudos de mercado", afirmou.

O governador do Piauí lembrou ainda que o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa estimava R$ 25 bilhões de arrecadação com o programa em 2016.

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