Economia

Goldfajn: Brasil tem economia fechada e dificuldade de avançar reformas

Segundo o presidente do BC, as expectativas para a inflação estão próximas da meta e a taxa básica de juros está no menor nível histórico

Ilan Goldfajn: o atual presidente do Banco Central acredita que a estrutura política e econômica do país possui entraves para reformas (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: o atual presidente do Banco Central acredita que a estrutura política e econômica do país possui entraves para reformas (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 06h50.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou, em palestra feita neste domingo, que o Brasil tem uma economia fechada e uma democracia com muitos partidos, o que dificulta o avanço de reformas.

Goldfajn falou para alunos da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, e a apresentação foi divulgada pelo Banco Central. O texto reforça que as expectativas para a inflação nos próximos meses estão próximas da meta e que a taxa básica de juros (Selic) está no menor nível histórico.

Para a recuperação sustentável da economia, Goldfajn listou a necessidade de reformas fiscais, especialmente da Previdência; de garantir a autonomia do Banco Central e de avançar com as reformas estruturais da instituição previstas na agenda BC+, de reformas para aumento da produtividade e abertura comercial.

"O Brasil precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, especialmente da Previdência, para garantir confiança na sustentabilidade fiscal e conseguir um crescimento maior", afirmou.

Ele também destacou o cenário global "desafiador" para as economias emergentes, com aversão ao risco e incertezas relacionadas à guerra comercial. "O Brasil está bem posicionado para resistir a choques", afirmou, lembrando das reservas internacionais e do fluxo de investimento estrangeiro.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraIlan GoldfajnInflaçãoPolíticaSelic

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor