Economia

Gastos de brasileiros no exterior batem recorde

Conta de viagens internacionais apresentou déficit de US$ 18,695 bilhões no ano passado, cifra também recorde


	Conta de viagens internacionais apresentou déficit de US$ 18,695 bilhões no ano passado, cifra também recorde
 (Bay Ismoyo/AFP)

Conta de viagens internacionais apresentou déficit de US$ 18,695 bilhões no ano passado, cifra também recorde (Bay Ismoyo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 13h32.

Os gastos de brasileiros no exterior passaram de US$ 24,987 bilhões, em 2013, para US$ 25,608 bilhões, em 2014, crescimento de 2,48%. O valor voltou a ser recorde, mesmo com o dólar em alta.

A conta de viagens internacionais apresentou déficit de US$ 18,695 bilhões no ano passado, cifra também recorde.

Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC). De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a tendência é uma redução no ritmo de crescimento das viagens dos brasileiros ao exterior. Para ele, o principal fator de influência é a valorização do dólar.

“É natural que, em um determinado momento, isso [gastos recorde de brasileiros em viagens ao exterior] mostrasse uma acomodação. A tendência é ter, em 2015, comportamento semelhante ao de 2014”, disse Maciel.

Em 2014, ano de Copa do Mundo, os gastos de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 6,914, crescendo 3,13%, na comparação com o ano anterior.

As receitas ficaram aquém do que era esperado pelo BC. “Chegamos a fazer uma estimativa do impacto da Copa, que ficou próxima de US$ 1 bilhão”, disse Maciel.

Segundo ele, fatores externos podem ter influenciado. “Há uma correspondência do ritmo de crescimento da atividade global com receitas de viagens previstas no país”, destacou, clarou, em entrevista para comentar o resultado das contas externas em 2014.

Quanto ao déficit recorde de US$ 90,9 bilhões das transações correntes do país no ano passado, Maciel atribuiu o resultado principalmente à balança comercial.

Para ele, a balança tende a se recuperar este ano, em função da taxa de câmbio – já que o dólar valorizado favorece exportações -, do aumento no volume de comércio internacional e da perspectiva de melhora da conta-petróleo brasileira.

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