Economia

Gastos com crise hídrica não foram previstos, diz Sabesp

A situação, classificada como conjuntural pelo executivo, obrigará a companhia a reajustar seu planejamento financeiro para este ano


	Sistema de captação de água do sistema Cantareira: Sabesp investiu R$ 80 milhões na exploração do volume morto do sistema
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema Cantareira: Sabesp investiu R$ 80 milhões na exploração do volume morto do sistema (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 15h42.

São Paulo - Os gastos que a Sabesp terá com as medidas anunciadas para garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo diante da atual crise hídrica que afeta o Sistema Cantareira não estavam no plano de investimentos inicial da companhia, afirmou há pouco o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Companhia, Rui de Britto Affonso.

"Quando aprovamos o orçamento esses gastos não estavam previstos", afirmou.

A situação, classificada como conjuntural pelo executivo, obrigará a companhia a reajustar seu planejamento financeiro para este ano, a fim de manter o seu equilíbrio econômico-financeiro.

"Vamos tomar todas as providências para garantir que a solidez financeira da Sabesp não seja abalada", afirmou Affonso. Entre as medidas de contenção apontadas por ele estão o corte nas despesas da concessionária e a revisão de alguns investimentos.

O diretor descartou a possibilidade de uma redução na distribuição de dividendos aos acionistas da companhia. "Redução na distribuição de dividendos não está o nosso radar".

De acordo com ele, ainda é cedo para calcular quais os efeitos das medidas já adotadas pela companhia para evitar um racionamento sobre o resultado da concessionária em 2014.

A Sabesp investiu R$ 80 milhões na exploração do volume morto do Sistema Cantareira e prorrogou até o final do ano os descontos de 30% nas tarifas dos consumidores que economizarem água. Affonso disse ainda que não há qualquer cálculo para o impacto financeiro negativo de um possível corte no abastecimento, isso porque a Sabesp não trabalha com a hipótese de um racionamento.

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