Economia

Gasolina da Petrobras engata altas e já acumula ganho de 7,4% em dezembro

A partir de quinta-feira, o valor do combustível será reajustado em 1,12 por cento frente o praticado atualmente, para 1,6121 real por litro

Após acumular queda acentuada entre setembro e novembro, o preço médio da gasolina da Petrobras engatou uma sequência de altas em dezembro (Mario Tama/Getty Images)

Após acumular queda acentuada entre setembro e novembro, o preço médio da gasolina da Petrobras engatou uma sequência de altas em dezembro (Mario Tama/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 11h37.

São Paulo - Após acumular queda acentuada entre setembro e novembro, o preço médio da gasolina praticado pela Petrobras em suas refinarias engatou uma sequência de altas em dezembro e já tem valorização de 7,4 por cento só neste mês, conforme dados da própria companhia.

A partir de quinta-feira, o valor do combustível será reajustado em 1,12 por cento frente o praticado atualmente, para 1,6121 real por litro, na quarta alta reportada em dezembro.

A cotação da gasolina havia fechado novembro em 1,5007 real por litro, menor patamar desde fevereiro e 33,3 por cento inferior à máxima de 2,2514 reais observada em setembro.

Os ganhos em dezembro acompanham a apreciação do dólar ante o real nas últimas semanas, um dos parâmetros utilizados pela Petrobras em sua sistemática de reajustes quase que diários. Em meio a diversas incertezas no cenário externo, a divisa subiu 1,7 por cento até agora neste mês, após alta de 3,6 por cento em novembro.

Em paralelo, as próprias referências internacionais do petróleo, outro componente da equação da petroleira, parecem ter estancado a queda após o cartel Opep e países aliados, incluindo a Rússia, terem concordado em cortar a produção no próximo ano.

A Petrobras tem reiterado ao longo de 2018 que o preço de sua gasolina corresponde a aproximadamente um terço do valor praticado nas bombas, sobre o qual recaem tributos, a mistura obrigatória de etanol anidro e a estratégia comercial de distribuidoras e revendedoras.

Recentemente, a reguladora ANP pediu explicações ao segmento distribuidor sobre o repasse de preços ao consumidor final, que estava menor do que o reportado pela estatal.

Na semana passada, a cotação média da gasolina nas bombas foi de 4,402 reais por litro, conforme o monitoramento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

O fato é que uma valorização do preço da gasolina a partir de agora poderia manter aquecidas as vendas de etanol hidratado, seu concorrente direto, em plena entressafra de cana no centro-sul do Brasil.

Na véspera, a União da Indústria de Cana-de-açúcar disse que a comercialização total de álcool por usinas da principal região canavieira do país cresceram 11,7 por cento em novembro na comparação anual, para 2,62 bilhões de litros. Só a de hidratado atingiu 1,83 bilhão de litros (+24,77 por cento).

O valor médio do etanol hidratado nos postos foi de 2,834 reais por litro na semana passada, segundo a ANP.

Acompanhe tudo sobre:GasolinaPetrobrasPreçosReajustes de preços

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação