Economia

França põe à venda 4 palacetes para arrecadar US$ 329 mi

Os quatro locais ficam em Paris; verba será utilizada na construção de novos escritórios ministeriais

Os quatro palacetes ficam nos arredores de Paris (Wikimedia Commons)

Os quatro palacetes ficam nos arredores de Paris (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 16h03.

Paris - O Estado francês vai leiloar em março quatro palacetes de um distrito de Paris para arrecadar os US$ 329 milhões necessários para restaurar o complexo imobiliário que vai acolher os novos escritórios ministeriais a partir de 2016, informou o jornal 'Le Figaro' nesta segunda-feira.

Entre os quatro tesouros escolhidos está o palacete de Clermont, declarado monumento histórico em 1980 e que em seus 4,2 mil metros quadrados e seu grande jardim, que datam do começo do século 18, abriga o Ministério das Relações com o Parlamento.

Menor, mas igualmente imponente é o palacete de Vogue, do final do século 19, com 3,3 mil metros quadrados que servem de sede do Centro de Análise Estratégica. Já o palacete de Broglie, de 7,1 mil metros quadrados, abriga atualmente a secretaria de Estado encarregada do Desenvolvimento da Economia Digital.

O último desses monumentos destinados a pertencer ao dono de uma grande fortuna é o palácio de Mailly-Nesle, sede da Documentação francesa e que, assim como os outros, está localizado no 7º distrito da capital francesa.

Para se tornar um proprietário destes imóveis, o licitante precisa ser generoso o suficiente pra que os cofres públicos recebam os US$ 329 milhões esperados, disse o presidente do Conselho Imobiliário do Estado (CIE), Yves Deniaud.

As visitas ainda não começaram, mas pelo nível dos preços, o mais provável é que essas construções acabem em mãos de príncipes catarianos ou de milionários russos ou chineses.

Com a quantia almejada o Estado pretende reformar um grande complexo imobiliário de 56 mil metros quadrados que, a partir de 2016, irá receber a maior parte dos serviços do primeiro-ministro, além de dois gabinetes ministeriais e escritórios de autoridades independentes.

Os quatro palacetes estão, segundo o 'Le Figaro', entre os cerca de 1,7 mil bens que o Estado anunciou em 2010 que iria vender, apesar da oposição dos defensores do patrimônio histórico, e a dificuldade de achar compradores capazes de custear o elevado custo de manutenção desse tipo de imóvel.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaHistóriaMetrópoles globaisPaíses ricosParis (França)

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor