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França mobilizará € 45 bi com expectativa de que economia caia 1% em 2020

Maior parte do pacote de crise virá na forma de impostos adiados e encargos sociais para as empresas

Coronavírus: ministro francês afirmou que pacote levará a dívida nacional a mais de 100% do PIB (Marc Piasecki/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 17 de março de 2020 às 12h22.

A França injetará 45 bilhões de euros em medidas de crise na economia para ajudar empresas e trabalhadores, com expectativa de que a produção tenha contração de 1% este ano devido ao surto de coronavírus , afirmou o ministro das Finanças do país nesta terça-feira.

Bruno Le Maire disse que o pacote -- que vale quase 2% do Produto Interno Bruto da França -- pesará inevitavelmente nas finanças públicas e levará a dívida nacional a mais de 100% do PIB.

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"Vamos mobilizar 45 bilhões de euros como nossa primeira assistência econômica imediata a empresas e trabalhadores", disse Le Maire à rádio francesa RTL.

O dinheiro vem além dos 300 bilhões de euros em empréstimos do governo que o presidente Emmanuel Macron anunciou na segunda-feira, disse Le Maire.

Ele disse que produzirá em breve um novo projeto de orçamento para refletir as consequências do vírus, com base em uma previsão provisória de que a economia vai recuar 1% este ano.

A maior parte - 32 bilhões de euros - do pacote geral de crise virá na forma de impostos adiados e encargos sociais para as empresas, e cancelamento direto para as empresas em risco de falência.

Outros 8,2 bilhões de euros serão destinados a reembolsar empresas que colocarem os trabalhadores em horários de trabalho reduzidos por dois meses. Também está sendo criado um fundo de 2 bilhões de euros para fazer pagamentos diretos em dinheiro a pequenas empresas, como restaurantes ou do setor de turismo, que tiveram que fechar.

Embora ele não tenha incluído o custo no pacote geral de crise, Le Maire disse posteriormente a jornalistas em uma teleconferência que está preparado para apoiar grandes empresas que estão sofrendo com turbulências no mercado de ações, chegando à nacionalização, se necessário.

Ele acrescentou que o governo não desistirá de ter finanças públicas sólidas no futuro, mas que a prioridade agora é manter a economia funcionando.

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