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FMI reduz projeção de crescimento do Brasil a 1,5% em 2012

O FMI informou que espera que o Brasil cresça 1,5 por cento este ano, ante previsão de julho de crescimento de 2,5 por cento

Comprador observa as bandeiras brasileira e chinesa: a América Latina será uma das regiões mais prejudicadas pela desaceleração econômica mais intensa do que o esperado na China (©AFP / yasuyoshi chiba/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 21h03.

Cidade do México - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) reduziu sua projeção de crescimento do Brasil e para toda a América Latina nesta segunda-feira em meio a deterioração do crescimento global e riscos de contágio, caso a crise da zona do euro se aprofunde e o crescimento da China desacelere mais do que o esperado.

O FMI informou que espera que o Brasil cresça 1,5 por cento este ano, ante previsão de julho de crescimento de 2,5 por cento.

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Segundo o organismo, o crescimento geral na América Latina e o Caribe será moderado, a 3,2 por cento neste ano --ante uma projeção de 3,4 por cento em julho. O órgão ainda prevê uma recuperação em 2013, mas cortou sua previsão para uma expansão de 3,9 por cento no ano que vem, ante 4,2 por cento calculados em julho.

A expectativa de crescimento para Brasil e México --as duas maiores economias da região-- também foram reduzidas. O FMI avaliou que bancos centrais podem ter de reduzir taxas de juros no caso de uma intensificação da depressão econômica mundial, embora eles ainda tenham de atentar para uma alta da inflação.


"Autoridades da região precisam estar alertas sobre o contágio de perspectivas mais fracas em economias avançadas e em importantes economias emergentes fora da região, fluxos voláteis de capital e riscos financeiros domésticos emergentes", trouxe o FMI em seu último relatório Perspectiva Econômica Mundial.

"A política monetária deve ser a primeira linha de defesa caso o crescimento global desacelere mais do que o esperado, especialmente se economias com estruturas de metas de inflação estabelecidas e testadas".

O corpo econômico regional da Organização das Nações Unidas (ONU) também cortou suas projeções de crescimento, além de alguns economistas do setor privado, à medida que exportações de commodities são prejudicadas por crescimento mais fraco na China, um dos principais parceiros comerciais da América Latina.

Uma avaliação dos riscos de contágio demonstrou que a América Latina será uma das regiões mais prejudicadas pela desaceleração econômica mais intensa do que o esperado na China, disse o FMI. A região também sofrerá mais do que as outras se os Estados Unidos não forem capazes de evitar o "abismo fiscal", um aperto da política fiscal em 2013.

Embora os riscos decrescimento de curto prazo sejam negativos, recentes afrouxamentos de política econômica --em países incluindo Brasil e Colômbia-- devem servir de base para uma reaceleração mais tarde neste ano.

A projeção para o crescimento do México foi levemente reduzida para 3,8 por cento em 2012 e 3,5 por cento em 2013, ambos diminuídos em 0,1 ponto percentual em relação às previsões de julho. O FMI espera que o Peru registre o crescimento mais intenso, a 6 por cento neste ano e 5,8 por cento em 2013, seguido pela Venezuela, com 5,7 por cento em 2012 mas com uma forte desaceleração para 3,3 por cento em 2013.

O FMI projeta que as economias do Chile e da Colômbia cresçam 4,4 por cento em 2013, após crescerem respectivamente 5 e 4,3 por cento neste ano.

O FMI alertou que a Venezuela e a Argentina, particularmente, correm riscos de pressão inflacionária, embora o nível de preços continue acima do centro da meta para muitos países.

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