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FMI pede que América Latina aproveite bonança

O fundo recomenda que América Latina aproveite condições favoráveis externas "que não durarão eternamente"

Sede do FMI: o Fundo recomendou em seu novo relatório regional publicado hoje que os países latino-americanos e do Caribe redobrem as defesas macroeconômicas. (Chip Somodevilla/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 15h11.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta segunda-feira às economias latino-americanas para aproveitar condições favoráveis externas "que não durarão eternamente" e firmar assim as bases de um "crescimento sustentado" no futuro.

O Fundo recomendou em seu novo relatório regional publicado hoje que os países latino-americanos e do Caribe redobrem as defesas macroeconômicas em um momento no qual se espera um crescimento regional de 3,4% para 2013 e de 3,9% para 2014, impulsionado pela abundância de financiamento e a robusta demanda de matérias-primas.

Apesar desse cenário positivo, o relatório adverte também sobre os riscos a médio prazo derivados de um potencial "endurecimento" das condições de financiamento mundiais e a possibilidade de uma "forte desaceleração nos países emergentes da Ásia, com seus consequentes efeitos nos preços das matérias-primas".

"As condições ainda são favoráveis, mas não durarão eternamente", afirmou em nota oficial o diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, o mexicano Alejandro Werner, que está em Montevidéu, onde hoje acontece a apresentação oficial do relatório.

O diretor do Fundo alertou que começam a ser vistos sinais de moderação nos preços das matérias-primas, tendência que pode se intensificar, e insistiu que as taxas de juros aumentarão à medida que as economias avançadas melhorarem.

"O desafio para muitos países na região é aproveitar o cenário atual para encher seus cofres e estabelecer os fundamentos para um crescimento mais robusto e inclusivo", disse Werner.


O relatório regional é uma ampliação do apresentado na reunião do FMI e do Banco Mundial que aconteceu em Washington em meados de abril.

No estudo, o órgão internacional adverte que apesar da boa situação econômica geral da região, existem diferentes desafios em função da estrutura econômica particular dos países.

Por um lado, o estudo localiza as economias da região financeiramente integradas nos mercados internacionais (Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai), que segundo as projeções crescerão a uma taxa média de 4,3% em 2013, e para "as que é importante calibrar as políticas macroeconômicas".

Entre elas, o Fundo mencionou "uma política fiscal mais prudente que contribuiria para aliviar a pressão sobre a capacidade interna e a diminuir o aumento do déficit em conta corrente".

Por outro lado, o FMI indicou que os países centro-americanos e caribenhos continuam com altos níveis de endividamento, por isso deveriam "consolidar o mais rápido possível suas posições fiscais".

Por outro lado, se encontram as economias exportadoras de matérias-primas da América do Sul, menos integradas nos mercados financeiros internacionais, como Bolívia, Equador, Paraguai, Argentina e Venezuela.

Essas economias, disse o FMI, deveriam economizar uma proporção maior das receitas derivadas das matérias-primas e proteger sua alta "vulnerabilidade" às mudanças de preços através de um controle das despesas que "garanta a sustentabilidade fiscal".

No que diz respeito à inflação, um dos problemas tradicionais da região, o Fundo destaca que se manteve controlada majoritariamente, embora países como o Brasil, Uruguai ou Venezuela registrem números acima das metas.

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Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta segunda-feira às economias latino-americanas para aproveitar condições favoráveis externas "que não durarão eternamente" e firmar assim as bases de um "crescimento sustentado" no futuro.

O Fundo recomendou em seu novo relatório regional publicado hoje que os países latino-americanos e do Caribe redobrem as defesas macroeconômicas em um momento no qual se espera um crescimento regional de 3,4% para 2013 e de 3,9% para 2014, impulsionado pela abundância de financiamento e a robusta demanda de matérias-primas.

Apesar desse cenário positivo, o relatório adverte também sobre os riscos a médio prazo derivados de um potencial "endurecimento" das condições de financiamento mundiais e a possibilidade de uma "forte desaceleração nos países emergentes da Ásia, com seus consequentes efeitos nos preços das matérias-primas".

"As condições ainda são favoráveis, mas não durarão eternamente", afirmou em nota oficial o diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, o mexicano Alejandro Werner, que está em Montevidéu, onde hoje acontece a apresentação oficial do relatório.

O diretor do Fundo alertou que começam a ser vistos sinais de moderação nos preços das matérias-primas, tendência que pode se intensificar, e insistiu que as taxas de juros aumentarão à medida que as economias avançadas melhorarem.

"O desafio para muitos países na região é aproveitar o cenário atual para encher seus cofres e estabelecer os fundamentos para um crescimento mais robusto e inclusivo", disse Werner.


O relatório regional é uma ampliação do apresentado na reunião do FMI e do Banco Mundial que aconteceu em Washington em meados de abril.

No estudo, o órgão internacional adverte que apesar da boa situação econômica geral da região, existem diferentes desafios em função da estrutura econômica particular dos países.

Por um lado, o estudo localiza as economias da região financeiramente integradas nos mercados internacionais (Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai), que segundo as projeções crescerão a uma taxa média de 4,3% em 2013, e para "as que é importante calibrar as políticas macroeconômicas".

Entre elas, o Fundo mencionou "uma política fiscal mais prudente que contribuiria para aliviar a pressão sobre a capacidade interna e a diminuir o aumento do déficit em conta corrente".

Por outro lado, o FMI indicou que os países centro-americanos e caribenhos continuam com altos níveis de endividamento, por isso deveriam "consolidar o mais rápido possível suas posições fiscais".

Por outro lado, se encontram as economias exportadoras de matérias-primas da América do Sul, menos integradas nos mercados financeiros internacionais, como Bolívia, Equador, Paraguai, Argentina e Venezuela.

Essas economias, disse o FMI, deveriam economizar uma proporção maior das receitas derivadas das matérias-primas e proteger sua alta "vulnerabilidade" às mudanças de preços através de um controle das despesas que "garanta a sustentabilidade fiscal".

No que diz respeito à inflação, um dos problemas tradicionais da região, o Fundo destaca que se manteve controlada majoritariamente, embora países como o Brasil, Uruguai ou Venezuela registrem números acima das metas.

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