Economia

FMI diz que resultados de reformas na Grécia são mistos

Os comentários contrariam as garantias de autoridades do governo grego de que o país fez a maior parte do trabalho necessário para liberalizar profissões fechadas


	Desde setembro, Grécia e credores internacionais estão negociando para determinar se o país fez o suficiente para receber a próxima tranche do pacote de resgate
 (John Kolesidis/Reuters)

Desde setembro, Grécia e credores internacionais estão negociando para determinar se o país fez o suficiente para receber a próxima tranche do pacote de resgate (John Kolesidis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2013 às 11h30.

Atenas - A Grécia fez progressos insuficientes na abertura de carreiras que exigem algum tipo de licença, disse neste domingo Poul Thomsen, diretor de operações do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Grécia, descrevendo os resultados das reformas estruturais do país como mistos.

Em entrevista ao jornal grego Kathimerini, Thomsen afirmou ter havido bastante progresso em áreas importantes, como a reforma do mercado de trabalho, mas acrescentou que em outros setores é preciso fazer mais. "Há áreas em que os progressos foram insuficientes, como a abertura de profissões regulamentadas, a fim de reduzir os custos e os preços, que não foi concluída após dois anos de tentativa", declarou. "Muitas carreiras não foram abertas e, mesmo nos casos em que as barreiras jurídicas foram levantadas, frequentemente novos obstáculos burocráticos surgem."

Os comentários de Thomsen contrariam as garantias de autoridades do governo grego de que o país fez a maior parte do trabalho necessário para liberalizar profissões fechadas. Em maio deste ano, o ministro de Finanças da Grécia, Yannis Stournaras, disse que 72% das carreiras que exigem algum tipo de licença específica no país foram totalmente abertas.

Desde setembro, a Grécia e os credores internacionais estão em conversações para determinar se o país fez o suficiente para receber a próxima tranche do pacote de resgate. Os credores afirmam que o país precisará de mais 2 bilhões a 2,5 bilhões de euros (US$ 2,7 bilhões a US$ 3,4 bilhões) em 2014, enquanto Atenas projeta o seu déficit orçamentário em apenas 500 milhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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