Economia

Fitch eleva avaliação de títulos da dívida o Brasil

A agência de classificação de risco Fitch elevou de "estável" para "positivo" a perspectiva do rating (nota de risco) dos títulos soberanos do país. A perspectiva equivale a um viés, ou seja: sinaliza qual é a tendência da nota. Uma perspectiva positiva indica que nos próximos 18 ou 24 meses, a nota pode ser elevada. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

A agência de classificação de risco Fitch elevou de "estável" para "positivo" a perspectiva do rating (nota de risco) dos títulos soberanos do país. A perspectiva equivale a um viés, ou seja: sinaliza qual é a tendência da nota. Uma perspectiva positiva indica que nos próximos 18 ou 24 meses, a nota pode ser elevada. Hoje, o Brasil está classificado com B. Há cerca de um ano, em meio à crise cambial e ao corte de linhas de crédito, estava com BB-. A classificação dos riscos por agências sinaliza para o mercado externo a confiabilidade do país.

O novo governo mostra a independência necessária para consolidar a estabilidade , diz Rafael Guedes, diretor-executivo da Fitch. Em comunicado, a agência explicou que a mudança reflete os "sinais de que o presidente Lula terá sucesso na construção de um consenso nas políticas econômicas que devem colocar as finanças externas e públicas do país em um caminho sustentável".

Entre as ações citadas por Guedes que contribuem para a melhora da perspectivas em 2003 estão: o aumento do superávit primário, o que demonstra austeridade fiscal; o aumento dos juros para conter a inflação e depois, num sinal de independência do Banco Central, a manutenção da Selic apesar das críticas em setores do governo e dos empresários; e, por fim, a elaboração dos projetos de reforma tributária e da previdência.

A agência acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está conseguindo fazer uma transição coesa na América Latina. Para a Fitch, o sentimento do mercado financeiro em relação ao país tem melhorado, com o governo conseguindo rolar as dívidas em 100% e com o acesso do país ao capital externo sendo restabelecido.

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