Fipe mantém projeção de 0,98% para IPC de janeiro
Coordenador do IPC disse que comportamento do indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) está dentro do esperado para o primeiro mês de 2014
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 14h12.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), Rafael Costa Lima, manteve, nesta sexta-feira, 10, a estimativa de taxa de 0,98% para a inflação de janeiro na capital paulista.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, ele disse que o comportamento do indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) está dentro do esperado para o primeiro mês de 2014, já que o início de cada ano é tradicionalmente influenciado por questões sazonais.
Segundo divulgação da Fipe, o IPC registrou taxa de 0,74% na primeira quadrissemana de janeiro, resultado que representou uma aceleração ante a inflação de 0,65% do encerramento de dezembro de 2013. O número confirmou a expectativa de Costa Lima para a primeira leitura do mês e ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções com os economistas do mercado financeiro, já que eles aguardavam taxa de 0,65% a 0,77%.
"A inflação segue num ritmo normal para o mês de janeiro", afirmou o coordenador do IPC da Fipe. "É um mês de sazonalidade mais forte, especialmente por conta de altas em alimentos in natura e nas mensalidades escolares. No momento, está em linha com o esperado", avaliou.
Na primeira quadrissemana de janeiro, o grupo Alimentação, que conta com os itens in natura, apresentou elevação de 0,81%, superior à de 0,65% do encerramento de dezembro. O grupo Educação, por sua vez, avançou 1,21% contra uma variação positiva anterior de 0,07%.
Em Alimentação, Costa Lima destacou que o subgrupo Produtos In Natura está em alta, mas ainda longe do que tradicionalmente se vê em janeiro, quando o volume de chuvas começa a aumentar por causa do verão.
Na primeira quadrissemana do mês, por sinal, esta parte dos alimentos até desacelerou, passando de 2,40% (fim de dezembro) para 2,14%, com ajuda do sempre instável tomate, cujo preço caiu 7,43%.
De acordo com o coordenador do IPC, mereceu destaque na Alimentação a alta de 0,81% dos produtos industrializados ante a elevação de 0,68% do encerramento de dezembro. Também chamou a atenção a passagem do subgrupo Semielaborados do terreno de quedas (0,53% em dezembro) para o de altas (0,04%), com pressão vinda de carnes bovinas e cereais.
Em Educação, a alta já começa a ser vista na parte de Ensino Escolar, que saiu de uma variação positiva de 0,04% para uma de 1,26% entre o fim de dezembro e o começo de janeiro. Segundo Costa Lima, as pesquisas de ponta da Fipe já mostram reajustes na casa de 9% para as mensalidades de ensino fundamental e até de 11% para o ensino médio.
Além de Alimentação e Educação, outro grupo que vem pressionando o IPC no começo de 2014 é o de Despesas Pessoais, que subiu 1,15% na primeira quadrissemana de janeiro ante 0,79% no encerramento de dezembro.
De acordo com o coordenador, dois grandes destaques deste conjunto de preços são as passagens aéreas (alta de 6,76%) e os cigarros (2,81%).
Para Costa Lima, depois do reajuste recente promovido por um de seus fabricantes no país, o cigarro é forte candidato a ser o maior vilão da inflação de janeiro em São Paulo, em virtude do peso importante que possui no cálculo do IPC da Fipe.
Na primeira quadrissemana, o item TV a Cabo e por Satélite liderou o ranking de pressões de alta do IPC. Mostrou variação de 13,78% e respondeu sozinho por 0,08% da inflação geral.
O coordenador não vê, porém, espaço para o item continuar no topo do ranking. "Completou quatro semanas em alta depois de um aumento e, a partir de agora, deve sair aos poucos da lista de maiores pressões", disse.
Para as próximas divulgações, a Fipe continua aguardando uma aceleração no indicador geral de inflação paulistano. Para a segunda quadrissemana de janeiro, projeta taxa de 0,83%. Em relação à terceira medição do mês, prevê um resultado de 0,88%, que representaria uma taxa 0,10 ponto porcentual inferior à estimada para o encerramento do primeiro mês de 2014.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), Rafael Costa Lima, manteve, nesta sexta-feira, 10, a estimativa de taxa de 0,98% para a inflação de janeiro na capital paulista.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, ele disse que o comportamento do indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) está dentro do esperado para o primeiro mês de 2014, já que o início de cada ano é tradicionalmente influenciado por questões sazonais.
Segundo divulgação da Fipe, o IPC registrou taxa de 0,74% na primeira quadrissemana de janeiro, resultado que representou uma aceleração ante a inflação de 0,65% do encerramento de dezembro de 2013. O número confirmou a expectativa de Costa Lima para a primeira leitura do mês e ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções com os economistas do mercado financeiro, já que eles aguardavam taxa de 0,65% a 0,77%.
"A inflação segue num ritmo normal para o mês de janeiro", afirmou o coordenador do IPC da Fipe. "É um mês de sazonalidade mais forte, especialmente por conta de altas em alimentos in natura e nas mensalidades escolares. No momento, está em linha com o esperado", avaliou.
Na primeira quadrissemana de janeiro, o grupo Alimentação, que conta com os itens in natura, apresentou elevação de 0,81%, superior à de 0,65% do encerramento de dezembro. O grupo Educação, por sua vez, avançou 1,21% contra uma variação positiva anterior de 0,07%.
Em Alimentação, Costa Lima destacou que o subgrupo Produtos In Natura está em alta, mas ainda longe do que tradicionalmente se vê em janeiro, quando o volume de chuvas começa a aumentar por causa do verão.
Na primeira quadrissemana do mês, por sinal, esta parte dos alimentos até desacelerou, passando de 2,40% (fim de dezembro) para 2,14%, com ajuda do sempre instável tomate, cujo preço caiu 7,43%.
De acordo com o coordenador do IPC, mereceu destaque na Alimentação a alta de 0,81% dos produtos industrializados ante a elevação de 0,68% do encerramento de dezembro. Também chamou a atenção a passagem do subgrupo Semielaborados do terreno de quedas (0,53% em dezembro) para o de altas (0,04%), com pressão vinda de carnes bovinas e cereais.
Em Educação, a alta já começa a ser vista na parte de Ensino Escolar, que saiu de uma variação positiva de 0,04% para uma de 1,26% entre o fim de dezembro e o começo de janeiro. Segundo Costa Lima, as pesquisas de ponta da Fipe já mostram reajustes na casa de 9% para as mensalidades de ensino fundamental e até de 11% para o ensino médio.
Além de Alimentação e Educação, outro grupo que vem pressionando o IPC no começo de 2014 é o de Despesas Pessoais, que subiu 1,15% na primeira quadrissemana de janeiro ante 0,79% no encerramento de dezembro.
De acordo com o coordenador, dois grandes destaques deste conjunto de preços são as passagens aéreas (alta de 6,76%) e os cigarros (2,81%).
Para Costa Lima, depois do reajuste recente promovido por um de seus fabricantes no país, o cigarro é forte candidato a ser o maior vilão da inflação de janeiro em São Paulo, em virtude do peso importante que possui no cálculo do IPC da Fipe.
Na primeira quadrissemana, o item TV a Cabo e por Satélite liderou o ranking de pressões de alta do IPC. Mostrou variação de 13,78% e respondeu sozinho por 0,08% da inflação geral.
O coordenador não vê, porém, espaço para o item continuar no topo do ranking. "Completou quatro semanas em alta depois de um aumento e, a partir de agora, deve sair aos poucos da lista de maiores pressões", disse.
Para as próximas divulgações, a Fipe continua aguardando uma aceleração no indicador geral de inflação paulistano. Para a segunda quadrissemana de janeiro, projeta taxa de 0,83%. Em relação à terceira medição do mês, prevê um resultado de 0,88%, que representaria uma taxa 0,10 ponto porcentual inferior à estimada para o encerramento do primeiro mês de 2014.