Economia

Fipe: frango puxa IPC em agosto com alta de 7,96%

Os preços do produto tiveram uma representação de 26,08% na inflação do mês passado na capital paulista


	Em julho, a carne de frango teve queda de 0,35%
 (Ormuzd Alvez/Anamaria)

Em julho, a carne de frango teve queda de 0,35% (Ormuzd Alvez/Anamaria)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 15h28.

São Paulo - O frango liderou a lista dos itens que mais contribuíram para a alta mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os preços do produto subiram 7,96% e tiveram uma representação de 26,08% na inflação do mês passado na capital paulista. Em julho, a carne de frango teve queda de 0,35%. Em agosto, o IPC-Fipe passou para 0,27% contra taxa de 0,13% verificada no mês anterior.

Outro item que ocupou a lista dos que mais contribuíram com o IPC foi o pão francês, que subiu 4,06% em agosto ante 1,73% em julho. Segundo o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, os preços subiram ainda influenciados pelo aumento dos grãos no mercado internacional. "E devem continuar pressionando o IPC nas próximas leituras", estimou.

Na terceira quadrissemana de agosto, os produtos já integravam o ranking das maiores contribuições de pressão na inflação paulistana, só que o pão francês estava em primeiro lugar (3,37%), enquanto o frango ocupava a segunda posição, quando subiu 4,97%.

As elevações do frango e do pão francês ajudaram o subgrupo Semielaborados a abandonar a deflação de 0,06%, na terceira quadrissemana de agosto, para fechar o mês com alta de 1,16%. Outro subgrupo que também influenciou a taxa de 1,08% de Alimentação no encerramento do mês foi o de Industrializados (de 1,13% na terceira leitura para 1,52%).

A carne suína, disse Costa Lima, acelerou o ritmo de valorização, ao sair de um aumento de preços de 1,70% na terceira leitura do mês para 2,37%. Os preços das aves foram os que mais intensificaram o ritmo de valorização (de 4,83% para 7,66%). Já as bovinas, abandonaram a deflação de 0,34% e avançaram a 0,54% no fechamento de agosto, influenciadas pela alta nas carnes de frango e suíno. "Houve consolidação de altas nos preços das carnes no fechamento do IPC de agosto", afirmou.

Já os Produtos in natura ficaram estáveis em agosto, depois de terem registrado elevação de 0,64% na terceira medição do mês. Além deste subgrupo, o de Alimentação fora do Domicílio impediu um avanço maior do grupo Alimentação em agosto, segundo Costa Lima.

A inflação da Alimentação fora do Domicílio na cidade de São Paulo ficou em 0,54% frente a um aumento de 1,02% na terceira leitura de agosto. Segundo o coordenador do IPC, a desaceleração pode ser explicada pela promoção feita por uma grande rede de lanchonetes em agosto.

Acompanhe tudo sobre:Consumoeconomia-brasileiraEstatísticasFipeIndicadores econômicosIndústriaInflaçãoIPCPreços

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação