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Fiesp aponta que importados renovam recorde no consumo

Na comparação com o mesmo período de 2012, o Coeficiente de Exportação mostrou acréscimo de 0,5 ponto porcentual

Mercado: para Fiesp, apesar de ter crescido apenas 0,8 ponto porcentual na comparação interanual, CI já representa quase um quarto de tudo que é consumido no país (Marcos Issa/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 16h36.

São Paulo - Os resultados da análise dos Coeficientes de Exportação e Importação (CEI) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que, apesar de o Coeficiente de Exportação (CE) da indústria brasileira ter fechado o segundo trimestre do ano com avanço, para 21%, a participação de produtos importados no consumo doméstico bateu novo recorde, chegando a 24,8%.

Na comparação com o mesmo período de 2012, o CE mostrou acréscimo de 0,5 ponto porcentual, registrando o quarto maior resultado da série histórica trimestral, iniciada em 2006. O CE para a indústria de transformação ficou em 18,8% no período entre abril e junho de 2013.

De acordo com o Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, que divulgou os resultados nesta terça-feira, 17, o indicador relativo às exportações brasileiras interrompeu a trajetória de arrefecimento do setor industrial, mas isso não significa que a indústria se recuperou totalmente do momento de dificuldade pelo qual passa.

"Essa elevação pode ter sido motivada pelo efeito cambial, que, ao desvalorizar o real, garantiu uma vantagem às exportações de produtos brasileiros", disse em nota o diretor do departamento, Roberto Giannetti. "Porém a dificuldade da indústria doméstica continua bastante evidente, basta notar o crescimento permanente - semestre a semestre - e de forma gradual do Coeficiente de Importação (CI)."

Segundo a Fiesp, apesar de ter crescido apenas 0,8 ponto porcentual na comparação interanual, o CI já representa quase um quarto (24,8%) de tudo o que é consumido no Brasil. Assim, o indicador para a indústria bate novamente seu recorde na série histórica. O CI da indústria de transformação fechou o período em 23,4%, também alta de 0,8 ponto porcentual.

"Isso é uma prova inconteste da desindustrialização do País. Não conseguimos competir com os produtos importados, seja por causa do dólar ou pelas dificuldades do 'Custo Brasil'", afirmou Giannetti. Ele também acrescenta à lista de dificuldades da indústria brasileira os "elevados custos com logística, impostos e oneradas taxas de juros no mercado financeiro". "O empresário não consegue competir de maneira e condições ideais com seus colegas do exterior."

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Na comparação com o mesmo período de 2012, o CE mostrou acréscimo de 0,5 ponto porcentual, registrando o quarto maior resultado da série histórica trimestral, iniciada em 2006. O CE para a indústria de transformação ficou em 18,8% no período entre abril e junho de 2013.

De acordo com o Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, que divulgou os resultados nesta terça-feira, 17, o indicador relativo às exportações brasileiras interrompeu a trajetória de arrefecimento do setor industrial, mas isso não significa que a indústria se recuperou totalmente do momento de dificuldade pelo qual passa.

"Essa elevação pode ter sido motivada pelo efeito cambial, que, ao desvalorizar o real, garantiu uma vantagem às exportações de produtos brasileiros", disse em nota o diretor do departamento, Roberto Giannetti. "Porém a dificuldade da indústria doméstica continua bastante evidente, basta notar o crescimento permanente - semestre a semestre - e de forma gradual do Coeficiente de Importação (CI)."

Segundo a Fiesp, apesar de ter crescido apenas 0,8 ponto porcentual na comparação interanual, o CI já representa quase um quarto (24,8%) de tudo o que é consumido no Brasil. Assim, o indicador para a indústria bate novamente seu recorde na série histórica. O CI da indústria de transformação fechou o período em 23,4%, também alta de 0,8 ponto porcentual.

"Isso é uma prova inconteste da desindustrialização do País. Não conseguimos competir com os produtos importados, seja por causa do dólar ou pelas dificuldades do 'Custo Brasil'", afirmou Giannetti. Ele também acrescenta à lista de dificuldades da indústria brasileira os "elevados custos com logística, impostos e oneradas taxas de juros no mercado financeiro". "O empresário não consegue competir de maneira e condições ideais com seus colegas do exterior."

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