FGV prevê desaceleração do PIB no 4º trimestre
Para o próximo ano, a expectativa é que o Banco Central mantenha o controle da taxa básica de juros enquanto a inflação estiver no intervalo da meta
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 10h45.
Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto ( PIB ) de 2012 é projetado em 1,3% pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Para alcançar esse resultado, o crescimento no terceiro trimestre deve ser de 1%, o que representará um avanço em comparação ao segundo trimestre, que obteve alta de 0,4%.
O cálculo considera a relação com o trimestre imediatamente anterior. Para o quarto trimestre, no entanto, a expectativa é de desaceleração, com PIB de 0,7%, influenciado, sobretudo, por uma queda do investimento.
"A melhora do desempenho no terceiro trimestre foi em parte fruto do bom desempenho da indústria. O setor de duráveis se destacou. Mas não acredito que o desempenho será o mesmo no quarto trimestre. Além disso, mesmo no terceiro trimestre, não houve difusão do crescimento entre os segmentos da indústria", afirmou a economista Silvia Mattos, do Ibre/FGV, em seminário no Rio sobre as perspectivas para 2013.
Para o próximo ano, a expectativa é que o Banco Central mantenha o controle da taxa básica de juros enquanto a inflação estiver no intervalo da meta. "Não esperamos que a inflação no ano que vem estoure o teto da meta", destacou Silvia. A expectativa para a inflação no próximo ano é de 5,7%, tendo como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). "É um cenário de inflação resistente." A meta oficial de inflação para 2013 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Em 2013, o governo federal deverá aumentar o investimento. "Será difícil o governo cumprir a meta de superávit primário no ano que vem". Por enquanto, o que prevalece na gestão de Dilma Rousseff é o crescimento da despesa do governo que não está diretamente relacionada a investimento. "É um cenário de déficit nominal ainda elevado com resultado de superávit mais baixo", ressaltou a economista
A projeção do Ibre/FGV é que o investimento cresça 8,6% no próximo ano. "De qualquer forma, olhando o triênio de Dilma, o investimento é a variável chave para a desaceleração do crescimento no Brasil", avaliou Silvia.
Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto ( PIB ) de 2012 é projetado em 1,3% pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Para alcançar esse resultado, o crescimento no terceiro trimestre deve ser de 1%, o que representará um avanço em comparação ao segundo trimestre, que obteve alta de 0,4%.
O cálculo considera a relação com o trimestre imediatamente anterior. Para o quarto trimestre, no entanto, a expectativa é de desaceleração, com PIB de 0,7%, influenciado, sobretudo, por uma queda do investimento.
"A melhora do desempenho no terceiro trimestre foi em parte fruto do bom desempenho da indústria. O setor de duráveis se destacou. Mas não acredito que o desempenho será o mesmo no quarto trimestre. Além disso, mesmo no terceiro trimestre, não houve difusão do crescimento entre os segmentos da indústria", afirmou a economista Silvia Mattos, do Ibre/FGV, em seminário no Rio sobre as perspectivas para 2013.
Para o próximo ano, a expectativa é que o Banco Central mantenha o controle da taxa básica de juros enquanto a inflação estiver no intervalo da meta. "Não esperamos que a inflação no ano que vem estoure o teto da meta", destacou Silvia. A expectativa para a inflação no próximo ano é de 5,7%, tendo como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). "É um cenário de inflação resistente." A meta oficial de inflação para 2013 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Em 2013, o governo federal deverá aumentar o investimento. "Será difícil o governo cumprir a meta de superávit primário no ano que vem". Por enquanto, o que prevalece na gestão de Dilma Rousseff é o crescimento da despesa do governo que não está diretamente relacionada a investimento. "É um cenário de déficit nominal ainda elevado com resultado de superávit mais baixo", ressaltou a economista
A projeção do Ibre/FGV é que o investimento cresça 8,6% no próximo ano. "De qualquer forma, olhando o triênio de Dilma, o investimento é a variável chave para a desaceleração do crescimento no Brasil", avaliou Silvia.