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Fenabrave aposta em recuperação do setor no último trimestre

Perspectiva do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015 também pode impulsionar vendas

Carros: Fenabrave espera recuperação nas vendas no último trimestre (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 16h09.

São Paulo - Apesar já de registrar este ano recuo de 8,62% nas vendas, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aposta na recuperação do setor no último trimestre do ano. Segundo a Fenabrave, um dos motivos para esse otimismo foi a proposta feita no último dia 20 pelo ministro da Fazenda , Guido Mantega , de regulação do sistema de crédito para aumentar a segurança jurídica das instituições bancárias.

Na avaliação da Fenabrave, a perspectiva do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) em 2015 também pode impulsionar as vendas em novembro e dezembro.

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“Os bancos sinalizam que, se a legislação for modernizada, poderão aumentar em 20% o nível de aprovação de crédito, o que daria, talvez, umas 30 mil unidades adicionais. Multiplicado por 12, seria um número muito forte”, disse o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.

Ele destacou que, até julho, a média do volume de crédito para carros novos ficou em 150 mil contratos por mês. Em 2012, esse volume ultrapassava 200 mil por mês. A federação, que só deve divulgar nova projeção de crescimento após as eleições, estima que o segmento feche o ano com queda de 6,48%.

Hoje (2), a Fenabrave apresentou os resultados do segmento relativos a agosto. Os números mostram que houve queda de 7,43% na venda de veículos no país. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 16,05% na comercialização. No total, foram vendidos 404.217 veículos em agosto, com 3,333 milhões no um acumulado do ano. Em igual período de 2013, os números chegaram a 481.524 e 3,647 milhões, respectivamente. Em julho deste ano, a comercialização ficou em 436.674 veículos.

Sobre a queda de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), Meneghetti disse não esperar grande impacto desse resultado nas vendas do setor. “Pode alterar um pouco o humor do mercado, mas as consequências desse PIB fraco já estavam acontecendo. Não é o fato de ser anunciado que vai piorar, porque já era uma realidade corrente”, ressaltou .

De acordo com a Fenabrave, a indústria automobilística representa 25% do PIB industrial brasileiro e cerca de 6% do PIB nacional.

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