Fed pode aprovar novas medidas de reativação
"A situação econômica está obviamente longe de ser satisfatória", afirmou Bernanke em um discurso pronunciado em Jackson Hole
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 17h35.
Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, confirmou nesta sexta-feira a disposição da entidade a adotar novas medidas de reativação para a economia se for necessário, mas não fez novos anúncios.
Segundo Bernanke, a situação econômica norte-americana está longe de ser satisfatória, confirmando que o banco central está disposto a adotar novas medidas de impulso à economia do país se necessário.
"A situação econômica está obviamente longe de ser satisfatória", afirmou Bernanke em um discurso pronunciado em Jackson Hole (oeste).
Em função disso, o "Fed não deve excluir uma maior flexibilização da política".
No discurso, Bernanke também destacou que a situação do mercado de trabalho dos Estados Unidos representa uma grande preocupação.
"O estancamento do mercado de trabalho é, em especial, uma grande preocupação, não apenas pelo enorme sofrimento e a perda de talentos que implica, mas, além disso, porque a persistência dos altos níveis de desemprego provocará danos estruturais em nossa economia que poderão durar muitos anos", explicou.
"Levando em conta a incerteza e os limites das ferramentas de política (monetária), o Fed continuará com uma política flexível", acrescentou.
"O Fed tomará mais medidas se for necessário para promover uma recuperação econômica mais robusta e uma melhoria nas condições do mercado de trabalho, em um contexto de estabilidade dos preços".
Bernanke deixou claro que a taxa de desemprego, que está em torno de 8,3%, é uma de suas maiores preocupações, pois o Fed tem um duplo mandato de assegurar o emprego pleno e a estabilidade dos preços, estipulada em um nível de inflação de 2,0%.
No segundo trimestre, o crescimento da economia norte-americana registrou seu ritmo mais frágil desde o terceiro trimestre de 2011, com incremento de 1,7%.
"O crescimento nos últimos trimestres foi fraco e então, sem surpresas, não temos registrado uma melhora significativa na taxa de desemprego desde janeiro", afirmou.
De acordo com o presidente do Fed, "a não ser que a economia comece a crescer mais rapidamente que até agora, a taxa de desemprego provavelmente se manterá durante algum tempo" muito acima dos níveis aceitáveis.
"O estancamento do mercado de trabalho é em especial uma grande preocupação, no só pelo enorme sofrimento e pela perda de talentos que implica, mas pela persistência que os altos níveis de desemprego provocarão danos estruturais em nossa economia que podem durar muitos anos", disse.
"Levando em conta a incerteza e os limites das ferramentas de política (monetária), o Fed continuará com uma política flexível", disse Bernanke durante a conferência de bancos centrais.
Bernanke, cujas políticas têm sido criticadas nos Estados Unidos pelos conservadores, incluindo o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, realizou uma extensa defesa da política expansiva adotada pela Fed devido à crise financeira.
De acordo com o presidente do Fed, as políticas de alívio quantitativo (QE, compra de bônus) para baixar as taxas de juros de longo prazo e outros programas de estímulo têm ajudado no crescimento e no emprego, sem aumentar os riscos inflacionários.
Bernanke reiterou ainda que a política monetária não é uma panaceia e advertiu sobre a incerteza política em assuntos como o teto da dívida e "precipício fiscal", uma lei de corte do gasto que se ativará de forma automática dia 1 de janeiro, junto com um incremento de impostos, se não houver um acordo bipartidário no Congresso.
Para o presidente do banco central norte-americano, a falta de acordo no Congresso pode levar a uma brusca contração da economia.
De acordo com especialistas, as declarações de Bernanke aumentam as possibilidades de que o Fed adote novas medidas de impulso na reunião do Comitê de Política Monetária de 12 e 13 de setembro, o que pode resultar em um novo programa de compra de bônus, o que se somaria a taxas em um mínimo histórico.
"Esperamos que as autoridades mantenham seu apoio a um nível de taxas próximas de zero na reunião de setembro, com uma probabilidade ligeiramente superior a 50% de que seja anunciado um novo programa de compra de bônus também", disse Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics.
"Esperamos que ao menos o Fed estenda sua política de taxas até 2015 e que provavelmente inicie o QE3 (terceiro programa de alívio quantitativo)", disse por sua vez Paul Edelstein, da IHS Global Insight.
Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, confirmou nesta sexta-feira a disposição da entidade a adotar novas medidas de reativação para a economia se for necessário, mas não fez novos anúncios.
Segundo Bernanke, a situação econômica norte-americana está longe de ser satisfatória, confirmando que o banco central está disposto a adotar novas medidas de impulso à economia do país se necessário.
"A situação econômica está obviamente longe de ser satisfatória", afirmou Bernanke em um discurso pronunciado em Jackson Hole (oeste).
Em função disso, o "Fed não deve excluir uma maior flexibilização da política".
No discurso, Bernanke também destacou que a situação do mercado de trabalho dos Estados Unidos representa uma grande preocupação.
"O estancamento do mercado de trabalho é, em especial, uma grande preocupação, não apenas pelo enorme sofrimento e a perda de talentos que implica, mas, além disso, porque a persistência dos altos níveis de desemprego provocará danos estruturais em nossa economia que poderão durar muitos anos", explicou.
"Levando em conta a incerteza e os limites das ferramentas de política (monetária), o Fed continuará com uma política flexível", acrescentou.
"O Fed tomará mais medidas se for necessário para promover uma recuperação econômica mais robusta e uma melhoria nas condições do mercado de trabalho, em um contexto de estabilidade dos preços".
Bernanke deixou claro que a taxa de desemprego, que está em torno de 8,3%, é uma de suas maiores preocupações, pois o Fed tem um duplo mandato de assegurar o emprego pleno e a estabilidade dos preços, estipulada em um nível de inflação de 2,0%.
No segundo trimestre, o crescimento da economia norte-americana registrou seu ritmo mais frágil desde o terceiro trimestre de 2011, com incremento de 1,7%.
"O crescimento nos últimos trimestres foi fraco e então, sem surpresas, não temos registrado uma melhora significativa na taxa de desemprego desde janeiro", afirmou.
De acordo com o presidente do Fed, "a não ser que a economia comece a crescer mais rapidamente que até agora, a taxa de desemprego provavelmente se manterá durante algum tempo" muito acima dos níveis aceitáveis.
"O estancamento do mercado de trabalho é em especial uma grande preocupação, no só pelo enorme sofrimento e pela perda de talentos que implica, mas pela persistência que os altos níveis de desemprego provocarão danos estruturais em nossa economia que podem durar muitos anos", disse.
"Levando em conta a incerteza e os limites das ferramentas de política (monetária), o Fed continuará com uma política flexível", disse Bernanke durante a conferência de bancos centrais.
Bernanke, cujas políticas têm sido criticadas nos Estados Unidos pelos conservadores, incluindo o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, realizou uma extensa defesa da política expansiva adotada pela Fed devido à crise financeira.
De acordo com o presidente do Fed, as políticas de alívio quantitativo (QE, compra de bônus) para baixar as taxas de juros de longo prazo e outros programas de estímulo têm ajudado no crescimento e no emprego, sem aumentar os riscos inflacionários.
Bernanke reiterou ainda que a política monetária não é uma panaceia e advertiu sobre a incerteza política em assuntos como o teto da dívida e "precipício fiscal", uma lei de corte do gasto que se ativará de forma automática dia 1 de janeiro, junto com um incremento de impostos, se não houver um acordo bipartidário no Congresso.
Para o presidente do banco central norte-americano, a falta de acordo no Congresso pode levar a uma brusca contração da economia.
De acordo com especialistas, as declarações de Bernanke aumentam as possibilidades de que o Fed adote novas medidas de impulso na reunião do Comitê de Política Monetária de 12 e 13 de setembro, o que pode resultar em um novo programa de compra de bônus, o que se somaria a taxas em um mínimo histórico.
"Esperamos que as autoridades mantenham seu apoio a um nível de taxas próximas de zero na reunião de setembro, com uma probabilidade ligeiramente superior a 50% de que seja anunciado um novo programa de compra de bônus também", disse Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics.
"Esperamos que ao menos o Fed estenda sua política de taxas até 2015 e que provavelmente inicie o QE3 (terceiro programa de alívio quantitativo)", disse por sua vez Paul Edelstein, da IHS Global Insight.