Fed mantém taxa de juros e espera reduzir balanço patrimonial
O banco central disse que estava continuando o lento caminho de ajuste monetário que elevou as taxas em um ponto percentual desde 2015
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2017 às 15h35.
Última atualização em 26 de julho de 2017 às 16h01.
Washington - O Fed eral Reserve manteve a taxa de juros e disse que espera começar a normalização do balanço patrimonial "relativamente em breve", em um sinal de confiança na economia dos Estados Unidos.
O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros na faixa entre 1 por cento e 1,25 por cento e disse que estava continuando o lento caminho de ajuste monetário que elevou as taxas em um ponto percentual desde 2015.
Em um comunicado após a reunião de dois dias, o comitê de definição de taxas do Fed indicou que a economia estava crescendo moderadamente e os ganhos de empregos têm sido sólidos. Mas o Fed notou que tanto a inflação no geral quanto as medidas de inflação haviam caído e disse que iria "monitorar cuidadosamente" as tendências de preços.
"O comitê espera começar a implementar seu programa de normalização do balanço patrimonial relativamente em breve", disse o Fed, acrescentando que seguiria um plano divulgado em junho.
Após levar a taxa a quase zero para combater a recessão e crise financeira de 2007 a 2009, oFed injetou mais de 3 trilhões de dólares na economia em compra de títulos. Seu balanço cresceu para 4,5 trilhões de dólares.
A desaceleração do balanço patrimonial vai marcar o fim de uma ferramenta controversa que gerou críticas de legisladores republicanos no Congresso. Enquanto pesquisadores do Fed concluíram que a compra de títulos apenas impulsionou modestamente a economia, a chair doFed, Janet Yellen, disse que o banco central poderia usar a compra de ativos novamente se a economia cair de forma muito profundo.
A criação estável de empregos na economia levou a taxa de desemprego dos EUA para 4,3 por cento, perto de uma mínima de 16 anos. Integrantes do Fed, no entanto, disseram que a força no mercado de trabalho poderia eventualmente elevar muito a inflação.
O Fed havia indicado anteriormente que começaria neste ano a reduzir suas participações em títulos do Tesouro dos EUA e na e de dívida hipotecária apoiada pelo governo. Economistas que participaram de pesquisa da Reuters esperam que o anúncio ocorra em setembro.
Ao mesmo tempo, uma desaceleração na inflação neste ano causou nervosismo entre algumas autoridades do Fed que já estão preocupados que a inflação tem ficado abaixo da meta de 2 por cento do banco central por cinco anos.
A medida preferencial da inflação subjacente do Fed caiu para 1,4 por cento em maio. Estava em 1,8 por cento em fevereiro.
Nenhum integrante do Fed divergiu na decisão de quarta-feira.