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Fed enfrenta conflito entre inflação nos EUA e recuperação global

Descrição sobre a inflação e novas estimativas econômicas serão o principal foco no comunicado de política monetária do Fed

Fed também deve anunciar uma redução programada de sua carteira de 4,2 trilhões de dólares em bônus e títulos lastreados em hipotecas (Kevin Lamarque/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 08h40.

Washington - Preso entre uma trégua na inflação nos Estados Unidos e uma economia global mais forte, o Federal Reserve deve sinalizar nesta quarta-feira se elevará os juros pela terceira vez neste ano ou se vai se segurar até que os preços subam com mais força.

A descrição do banco central dos EUA sobre a inflação em seu comunicado de política monetária, bem como novas estimativas econômicas, serão o principal foco para os mercados financeiros em meio a uma série de dados domésticos recentes fracos.

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O comunicado de política monetária e as projeções serão divulgados às 15h (horário de Brasília). A chair do Fed, Janet Yellen, dará entrevista à imprensa meia hora depois.

O Fed também deve anunciar uma redução programada de sua carteira de 4,2 trilhões de dólares em bônus e títulos lastreados em hipotecas, cuja maior parte foi acumulada em resposta à crise financeira de 2007-2009.

O plano, esperado pelos mercados e que não deve ter muito impacto imediato, limitará o volume de títulos a vencer usados a cada mês para comprar novos. O corte inicial no reinvestimento será de 10 bilhões de dólares por mês, provavelmente começando em outubro.

Analistas e investidores, entretanto, dizem que olharão mais atentamente para as projeções das autoridades para os juros no final do ano como uma indicação sobre a probabilidade de ocorrer uma alta de 0,25 ponto percentual em dezembro.

As atas de encontros recentes do Fed mostraram uma divisão crescente, com algumas autoridades dizendo que não há urgência em elevar os juros após uma queda na inflação, e outras argumentando que a economia dos EUA está forte o suficiente para continuar normalizando a política monetária.

A medida preferida do Fed para a inflação caiu a 1,4 por cento em base anualizada em julho, bem abaixo da meta de 2 por cento.

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