Banco: de acordo com federação dos bancos, tributos representam 19,3% do spread bancário atualmente (Gustavo Gomes/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de agosto de 2020 às 11h48.
Última atualização em 27 de agosto de 2020 às 13h51.
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse nesta quinta-feira que a proposta do governo de criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) aumentará a alíquota de impostos cobradas das instituições financeiras e poderá representar um aumento de 1 ponto porcentual no spread bancário.
Em reunião virtual da Comissão Mista da Reforma Tributária, Sidney disse que os tributos representam 19,3% do spread bancário atualmente, o que, segundo ele, é mais do que a margem de lucro dos bancos. "Bancos não cobram juros elevados porque querem ou porque gostam", completou.
Ele pediu que a reforma tributária a ser aprovada pelo Congresso Nacional simplifique impostos e reduza os custos associados ao cumprimento das obrigações tributárias, que hoje correspondem a 200 mil horas de trabalho em todo o setor.
O spread bancário é a diferença entre a taxa de juros básica da economia, definida pelo Banco Central, e a cobrada na prática pelos bancos na hora de oferecer crédito.