Fachada do Ministério da Fazenda (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 19 de julho de 2023 às 14h00.
"A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no 1º trimestre, melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de Serviços e Indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação. As projeções de crescimento melhoraram para todos os setores. Para o setor agropecuário, a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%. Para a Indústria, o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para Serviços passou de 1,3% para 1,7%", informou a Fazenda.
Para 2024, a estimativa da equipe econômica se manteve em 2,3%, enquanto a mediana do Boletim Focus é de 1,3%. Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia não foram alteradas. Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. Para 2025, também houve manutenção, em 2,8%. Para 2026, a estimativa ficou 2,5% e para 2027, a expectativa continua em 2,6%.O governo também espera uma inflação menor em 2023 do que o mercado e a projeção passou de 5,58% para 4,85. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 4,95%. Para 2024, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) diminuiu de 3,63% para 3,3%. No Boletim Focus a estimativa está em 3,92%.
"A expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano. Para 2024, a redução da projeção reflete a mudança no cenário de câmbio e de preço de commodities, além dos menores reajustes previstos para monitorados, em parte por causa da desinflação esperada para 2023, em parte por causa das condições projetadas para a demanda externa", informou o Ministério da Fazenda.