Economia

Fazenda eleva previsão para alta do PIB de 2023 de 1,9% para 2,5%, acima das projeções de mercado

Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. O crescimento estimado para 2025 foi de 2,8%, o de 2026, de 2,5%, e o de 2027, de 2,6%

Fachada do Ministério da Fazenda (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Fachada do Ministério da Fazenda (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 19 de julho de 2023 às 14h00.

O Ministério da Fazenda está mais otimista que o mercado e elevou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 de 1,9% para 2,5%. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) aponta para um crescimento econômico de 2,24% no ano. Os dados foram apresentados no 3º Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quarta-feira, 19.

"A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no 1º trimestre, melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de Serviços e Indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação. As projeções de crescimento melhoraram para todos os setores. Para o setor agropecuário, a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%. Para a Indústria, o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para Serviços passou de 1,3% para 1,7%", informou a Fazenda.

Para 2024, a estimativa da equipe econômica se manteve em 2,3%, enquanto a mediana do Boletim Focus é de 1,3%. Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia não foram alteradas. Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. Para 2025, também houve manutenção, em 2,8%. Para 2026, a estimativa ficou 2,5% e para 2027, a expectativa continua em 2,6%.

Governo também está otimista com a inflação

O governo também espera uma inflação menor em 2023 do que o mercado e a projeção passou de 5,58% para 4,85. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 4,95%. Para 2024, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) diminuiu de 3,63% para 3,3%. No Boletim Focus a estimativa está em 3,92%.

"A expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano. Para 2024, a redução da projeção reflete a mudança no cenário de câmbio e de preço de commodities, além dos menores reajustes previstos para monitorados, em parte por causa da desinflação esperada para 2023, em parte por causa das condições projetadas para a demanda externa", informou o Ministério da Fazenda.

Acompanhe tudo sobre:PIBInflaçãoMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil