Economia

Fazenda admite reduzir projeção de crescimento para 2011

Depois de o BC reduzir para 3,5% a sua estimativa de expansão do PIB em 2011, a projeção de crescimento poderá ser revista para algo entre 3,5% e 4%.

Nelson Barbosa, do ministério da Fazenda: “para o ano que vem, a gente mantém a projeção de 5%, que é o que está no Orçamento" (Antonio Cruz/ABr)

Nelson Barbosa, do ministério da Fazenda: “para o ano que vem, a gente mantém a projeção de 5%, que é o que está no Orçamento" (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 14h33.

Brasília – O Ministério da Fazenda estuda a possibilidade de rever a projeção de crescimento da economia este ano. De acordo com o secretário executivo da pasta, Nelson Barbosa, depois de o Banco Central reduzir para 3,5% a sua estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, a projeção de crescimento poderá ser revista para algo entre 3,5% e 4%.

“Nossa projeção [de crescimento da economia] consta do Orçamento que mandamos este ano e está em 4,5%. O Banco Central recentemente soltou uma projeção de 3,5%. Nossa projeção agora está sendo reavaliada. Está hoje em torno de 4%, mas acredito que o crescimento [da economia brasileira em 2011] está entre 3,5% e 4%”, disse o secretário, que ocupa interinamente o cargo de ministro da Fazenda, enquanto Guido Mantega participa da reunião do G20, na Europa.

Barbosa garantiu que, apesar das revisões previstas para a projeção de crescimento da economia em 2011, ainda não é o momento de reavaliar a estimativa para 2012.

“Para o ano que vem, a gente mantém a projeção de 5%, que é o que está no Orçamento. Vamos reavaliar essa projeção, mas no momento correto, dentro da tramitação do Orçamento no Congresso Nacional. Esse crescimento que apresentamos é uma estimativa inicial e, até a promulgação do Orçamento, essa estimativa será revisada junto com a assessoria econômica do Congresso Nacional.”

Barbosa reafirmou a confiança do governo na prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) pelo Congresso Nacional, nos termos em que foi proposta. “Até porque ela tem viabilizado uma política econômica bem-sucedida, e o momento internacional recomenda que a gente continue com essa flexibilidade, que é utilizada de modo transparente por parte do governo.”

A DRU permite ao governo definir livremente a destinação de 20% do Orçamento. As discussões na Câmara visam a analisar sua prorrogação até o final de 2015.

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