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Exportações do país devem cair 3% e na AL crescerão 0,8%

Projeções são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), e foram divulgadas hoje (9)

Para o Brasil, a projeção da Cepal para as importações é queda de 3,2%, este ano (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 13h12.

Brasília - As exportações do Brasil devem cair 3%, este ano, enquanto em toda a América Latina e Caribe devem crescer apenas 0,8%.

Essas projeções são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgadas hoje (9), no Relatório Panorama da Inserção Internacional da América Latina e do Caribe 2014.

Em 2011, as exportações da região cresceram 23,5%; em 2012, 1,6%; e, em 2013, caíram 0,2%, enquanto que as importações da região devem cair 0,6%, em 2014, após o aumento de 21,7% em 2011 e 3% apresentado em 2012 e em 2013.

Para o Brasil, a projeção da Cepal para as importações é queda de 3,2%, este ano.

Entre os países da região, Paraguai (14,1%), Uruguai (13,6%) e Equador (9,3%) devem apresentar os melhores desempenhos nas exportações. Peru (-10,6%), Argentina (- 5,2%) e Comunidade do Caribe (Caricom) com uma retração de 4,3%, registrarão as maiores quedas.

Segundo a Cepal, o fraco desempenho do comércio exterior regional deve-se, principalmente, ao baixo dinamismo da demanda externa, principalmente a União Europeia. Além disso, há redução nos preços de produtos básicos exportados pela região, como os minérios.

A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, destacou que o comércio externo é o canal de transmissão mais forte da crise econômica mundial.

O diretor da Divisão de Comércio Internacional e Integração da Cepal, Osvaldo Rosales, acrescentou que a União Europeia tem um peso maior como parceiro comercial da América Latina do que os Estados Unidos e a China.

E, como a União Europeia é o principal mercado da China, uma redução da demanda reduz as importações do país asiático de matérias-primas da África e América Latina, acrescentou Rosales.

No documento, a Cepal destaca que é preciso fortalecer a integração e a cooperação regionais, já que constituem um caminho essencial para diversificar a estrutura produtiva e exportadora da região.

Segundo a Cepal, ainda que os países da América do Sul e da América Central exportem para a própria região o dobro de produtos do que para os Estados Unidos e para a União Europeia, e oito vezes o número exportado para a China, persiste um baixo nível de comércio para o interior da América Latina e do Caribe, com um reduzido nível de integração produtiva.

Em 2013, a participação das exportações da região para os países da mesma área foi de 19%, enquanto que a União Europeia exportou 59% de suas vendas totais para membros do mesmo grupo e para os países de Ásia-Pacífico, 50%.

Alicia Bárcena considera que melhorar a qualidade da integração internacional é a chave para o avanço do crescimento sustentável e inclusivo.

Entre as políticas sugeridas por ela estão aumentar a presença de pequenas e médias empresas nas cadeias de valor, diminuir o uso de carbono e água na produção, melhorar a eficiência energética e diversificar os produtos.

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Brasília - As exportações do Brasil devem cair 3%, este ano, enquanto em toda a América Latina e Caribe devem crescer apenas 0,8%.

Essas projeções são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgadas hoje (9), no Relatório Panorama da Inserção Internacional da América Latina e do Caribe 2014.

Em 2011, as exportações da região cresceram 23,5%; em 2012, 1,6%; e, em 2013, caíram 0,2%, enquanto que as importações da região devem cair 0,6%, em 2014, após o aumento de 21,7% em 2011 e 3% apresentado em 2012 e em 2013.

Para o Brasil, a projeção da Cepal para as importações é queda de 3,2%, este ano.

Entre os países da região, Paraguai (14,1%), Uruguai (13,6%) e Equador (9,3%) devem apresentar os melhores desempenhos nas exportações. Peru (-10,6%), Argentina (- 5,2%) e Comunidade do Caribe (Caricom) com uma retração de 4,3%, registrarão as maiores quedas.

Segundo a Cepal, o fraco desempenho do comércio exterior regional deve-se, principalmente, ao baixo dinamismo da demanda externa, principalmente a União Europeia. Além disso, há redução nos preços de produtos básicos exportados pela região, como os minérios.

A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, destacou que o comércio externo é o canal de transmissão mais forte da crise econômica mundial.

O diretor da Divisão de Comércio Internacional e Integração da Cepal, Osvaldo Rosales, acrescentou que a União Europeia tem um peso maior como parceiro comercial da América Latina do que os Estados Unidos e a China.

E, como a União Europeia é o principal mercado da China, uma redução da demanda reduz as importações do país asiático de matérias-primas da África e América Latina, acrescentou Rosales.

No documento, a Cepal destaca que é preciso fortalecer a integração e a cooperação regionais, já que constituem um caminho essencial para diversificar a estrutura produtiva e exportadora da região.

Segundo a Cepal, ainda que os países da América do Sul e da América Central exportem para a própria região o dobro de produtos do que para os Estados Unidos e para a União Europeia, e oito vezes o número exportado para a China, persiste um baixo nível de comércio para o interior da América Latina e do Caribe, com um reduzido nível de integração produtiva.

Em 2013, a participação das exportações da região para os países da mesma área foi de 19%, enquanto que a União Europeia exportou 59% de suas vendas totais para membros do mesmo grupo e para os países de Ásia-Pacífico, 50%.

Alicia Bárcena considera que melhorar a qualidade da integração internacional é a chave para o avanço do crescimento sustentável e inclusivo.

Entre as políticas sugeridas por ela estão aumentar a presença de pequenas e médias empresas nas cadeias de valor, diminuir o uso de carbono e água na produção, melhorar a eficiência energética e diversificar os produtos.

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