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Exportação de ópio afegão gera US$ 2,4 bilhões em 2011

Segundo dados da ONU, valor equivale a 15% do PIB afegão

'O ópio é uma parte importante da economia afegã' alerta a ONU (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 17h08.

Viena - A exportação de ópio proveniente do Afeganistão gerou US$ 2,4 bilhões, o que equivale a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e contribuiu para financiar o movimento rebelde talibã local, informa um estudo realizado pelo Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC), publicado nesta quinta-feira.

O relatório não apresenta novos números sobre a extensão do cultivo além das já anunciadas em outubro passado, e que se traduziam em um aumento de 7% da superfície cultivada em 2011, para 131 mil hectares.

A produção de ópio em 2011 também subiu 61%, para um total de 5,8 mil toneladas métricas, em comparação com as 3,6 mil toneladas em 2010. O preço da droga afegã subiu 133% em 2011 e os 131 mil hectares cultivados representaram US$ 1,4 bilhão para os camponeses do país.

O aumento do cultivo no ano passado se justifica pelo alto rendimento econômico do ópio, 11 vezes mais elevado que o trigo e que representa US$ 10,7 mil brutos por hectare para os agricultores.

'O ópio é uma parte importante da economia afegã, oferece um financiamento considerável à insurgência e alimenta a corrupção', advertiu nesta quinta-feira em comunicado Yuri Fedotov, diretor do UNODC.

Em 2010, a produção da papoula - matéria-prima do ópio - caiu 48% devido a uma praga, com quedas apreciáveis nas conflituosas províncias meridionais de Helmand e Kandahar, tradicionais redutos da insurgência talibã.

Esta queda da produção fez com que os preços do ópio afegão subissem 164% em 2010 (cerca de US$ 169 por quilo em média, frente aos US$ 64 de 2009).

Esta alta dos preços, que rompeu uma tendência descendente registrada entre 2005 e 2009, voltou a tornar o cultivo da papoula um atrativo financeiro entre os empobrecidos camponeses do Afeganistão.

'O estudo sobre o ópio no Afeganistão em 2011 envia uma forte mensagem que não podemos nos dar ao luxo de sermos passivos diante deste problema', ressaltou Fedotov.

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Viena - A exportação de ópio proveniente do Afeganistão gerou US$ 2,4 bilhões, o que equivale a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e contribuiu para financiar o movimento rebelde talibã local, informa um estudo realizado pelo Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC), publicado nesta quinta-feira.

O relatório não apresenta novos números sobre a extensão do cultivo além das já anunciadas em outubro passado, e que se traduziam em um aumento de 7% da superfície cultivada em 2011, para 131 mil hectares.

A produção de ópio em 2011 também subiu 61%, para um total de 5,8 mil toneladas métricas, em comparação com as 3,6 mil toneladas em 2010. O preço da droga afegã subiu 133% em 2011 e os 131 mil hectares cultivados representaram US$ 1,4 bilhão para os camponeses do país.

O aumento do cultivo no ano passado se justifica pelo alto rendimento econômico do ópio, 11 vezes mais elevado que o trigo e que representa US$ 10,7 mil brutos por hectare para os agricultores.

'O ópio é uma parte importante da economia afegã, oferece um financiamento considerável à insurgência e alimenta a corrupção', advertiu nesta quinta-feira em comunicado Yuri Fedotov, diretor do UNODC.

Em 2010, a produção da papoula - matéria-prima do ópio - caiu 48% devido a uma praga, com quedas apreciáveis nas conflituosas províncias meridionais de Helmand e Kandahar, tradicionais redutos da insurgência talibã.

Esta queda da produção fez com que os preços do ópio afegão subissem 164% em 2010 (cerca de US$ 169 por quilo em média, frente aos US$ 64 de 2009).

Esta alta dos preços, que rompeu uma tendência descendente registrada entre 2005 e 2009, voltou a tornar o cultivo da papoula um atrativo financeiro entre os empobrecidos camponeses do Afeganistão.

'O estudo sobre o ópio no Afeganistão em 2011 envia uma forte mensagem que não podemos nos dar ao luxo de sermos passivos diante deste problema', ressaltou Fedotov.

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