EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.
A premiação das Melhores e Maiores empresas do país também marcou a comemoração dos 40 anos de EXAME. Para celebrar a ocasião, a revista homenageou os seis empresários e empreendedores mais influentes da história do país no período. Os nomes foram escolhidos em uma votação entre os executivos das 500 maiores empresas do país, além de uma enquete realizada com os leitores do Portal EXAME. Todos puderam votar em nomes de uma lista com 53 nomes, preparada pelos jornalistas da revista.
Os leitores do portal escolheram o banqueiro Amador Aguiar (1904-1991) como o empresário que mais contribuiu para a melhoria do ambiente brasileiro de negócios nos últimos 40 anos. Aguiar, responsável por tornar o Bradesco o maior banco privado brasileiro, foi representado na cerimônia pelo presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão.
Os principais executivos do país escolheram: Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), Jorge Paulo Lemann (Ambev), Olavo Setúbal (Itaú) e Rolim Amaro (TAM). Na noite desta terça-feira, os eleitos e seus descendentes protagonizaram uma das cenas mais emocionantes da história da premiação: foram ovacionados de pé pelos mais de 1.000 executivos e empresários que lotaram a platéia do Teatro Alfa, em São Paulo.
A pesquisa com os principais executivos do país foi realizada em parceria com o Instituto GFK Indicator. Saiba mais sobre os seis empresários mais influentes do país nos últimos 40 anos:
Amador Aguiar (Bradesco): Foi o responsável por transformar uma modesta instituição de Marília (SP), a Casa Bancária Almeida, no maior banco privado do Brasil, o Bradesco. De origem humilde, foi tipógrafo na cidade de Sertãozinho (SP) e aprendiz no Banco Noroeste antes de se tornar diretor e depois proprietário do Bradesco. Morreu em 1991, aos 86 anos.
Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim): Face mais conhecida do grupo Votorantim, que hoje atua nos setores de siderurgia, celulose, suco de laranja, cimento e finanças. Autor de peças de teatro, candidato derrotado ao Governo de São Paulo e colunista de jornal, tornou-se uma espécie de porta-voz do empresariado paulista pelas críticas a aumentos dos juros e da carga tributária.
Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau): Nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de dezembro de 1936. Sob sua gestão, o grupo Gerdau, fundado por seu bisavô, transformou-se numa das maiores potências siderúrgicas do país. Entre 1983, ano em que assumiu a presidência do grupo, e 2006, a Gerdau internacionalizou-se com a abertura ou aquisição de plantas na Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Peru e Uruguai, além de participações societárias na Espanha, Estados Unidos e República Dominicana. Hoje, ocupa a 15ª posição do ranking dos maiores produtores siderúrgicos do mundo.
Jorge Paulo Lemann (Ambev): Seu lema é comprar na baixa e vender na alta. Foi assim que Lemann transformou empresas em dificuldades em grandes negócios. Um exemplo é a cervejaria Brahma, comprada em 1989 por 60 milhões de dólares e negociada por 4,1 bilhões de dólares na fusão da Ambev com a belga Interbrew. A trajetória de Lemann começou em 1971, quando ele e mais cinco sócios fundaram o Banco Garantia. De lá para cá, Lemann e seus sócios adquiriram participação em mais de 30 empresas, entre elas, Lojas Americanas e Telemar.
Olavo Setubal (Itaú): Empreendedor, empresário e político. Nascido em 1923, em São Paulo, Setubal foi o fundador da fabricante de torneiras Deca. Mentor do desenvolvimento do grupo Itaú, um dos maiores conglomerados brasileiros, ele também foi prefeito de São Paulo na década de 1970 e ministro das Relações Exteriores nos anos 80. Aos 84 anos, preside a Itaúsa, holding de um dos maiores grupos empresariais do país, com cerca de 50 empresas, entre elas o banco Itaú, a Duratex e a Itautec.
Rolim Amaro (TAM): Nascido em 1942, no interior de São Paulo, Rolim tornou-se piloto ainda adolescente e passou a trabalhar para a Táxi Aéreo Marília (TAM). Anos depois, fundou sua própria empresa de aviação, a ATA (Araguaia Transportes Aéreos), que chegou a ter uma frota de 15 aviões. Decidiu, no entanto, voltar à TAM, e se tornou diretor da companhia em 1972. O "comandante Rolim", como ficou conhecido, marcou sua gestão na TAM com diretrizes para a postura dos funcionários e o conceito "espírito de servir". Em 2001, morreu em um acidente de helicóptero.
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