Economia

Ex-presidente uruguaio: entrada da Venezuela foi mal feita

Segundo Jorge Batlle, não foi respeitado o Tratado de Assunção', que deu origem ao bloco em 1991

Sede do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai (Marlos Bakker/Viagem e Turismo)

Sede do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai (Marlos Bakker/Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2012 às 12h42.

Montevidéu.- O ex-presidente uruguaio Jorge Batlle (2000-2005) afirmou que a entrada da Venezuela no Mercosul 'é favorável' ao Uruguai, mas que foi 'mal feita' por não ter sido levada em conta a oposição do Paraguai, atualmente suspenso do bloco regional.

Batlle, do Partido Colorado, atualmente segunda força de oposição no país, disse em declarações ao jornal 'El País' que para o Uruguai é interessante 'que a Venezuela seja um mercado dentro do Mercosul'.,  não foi respeitado o Tratado de Assunção', que deu origem ao bloco em 1991

No entanto, sua adesão 'foi mal feita' porque 'não foi respeitado o Tratado de Assunção', que deu origem ao bloco em 1991, 'nem as cláusulas democráticas de Ushuaia', acrescentou.

A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovada no dia 29 de junho na cúpula do bloco realizada em Mendoza (Argentina) e ratificado no dia 31 de julho em um cúpula extraordinária realizada em Brasília.

Na primeira das reuniões, a presidente Dilma Rousseff e seus colegas do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner, aprovaram a suspensão temporária do Paraguai devido à cassação, em 22 de junho, de Fernando Lugo da presidência paraguaia em um julgamento político parlamentar e sua substituição pelo até então vice-presidente, Federico Franco.

A Venezuela solicitou sua entrada no Mercosul há seis anos e obteve o respaldo dos governos de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e a aprovação dos Parlamentos dos três primeiros, mas os legisladores paraguaios bloqueavam a adesão.

A suspensão do Paraguai do bloco abriu a porta à Venezuela.

Na entrevista publicada neste domingo, Batlle declarou ainda que o Senado paraguaio 'devia ter dado um prazo maior' ao ex-presidente Lugo 'para defender-se'.

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