Economia

Evans, do Fed, aconselha paciência sobre decisão de juros

"Deveríamos ser excepcionalmente pacientes" ao elevar os juros, mesmo ao ponto de deixar a inflação subir acima da meta do Fed, diz presidente do Fed de Chicago


	Fed: Evans projeta que economia não atingirá metas de pleno emprego e inflação de 2% em até 3 anos
 (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

Fed: Evans projeta que economia não atingirá metas de pleno emprego e inflação de 2% em até 3 anos (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 15h17.

Indianapolis, EUA - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deveria optar pelo excesso de cautela em sua próxima decisão sobre quando elevar a taxa de juros por temores de prejudicar a recuperação em uma economia mundial fraca, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans.

"O maior e mais custoso risco é o de que, em nossa pressa de voltar à política monetária 'de sempre', possamos travar o progresso e voltar às circunstâncias econômicas de anos recentes" com crescimento baixo, inflação baixa e taxas de juros perto de zero, disse Evans em discurso em Indiana.

"Deveríamos ser excepcionalmente pacientes" ao elevar os juros, mesmo ao ponto de deixar a inflação subir acima da meta do Fed, completou ele.

Como está, Evans projeta que a economia não atingirá as metas do Fed de pleno emprego e inflação de 2 por cento em até três anos, durante os quais o Fed pode deixar a taxa de juros em níveis que garantam estímulo enquanto cautelosamente a eleva.

As declarações dele e de outros no fim de semana enfatizam como a crescente preocupação com a economia global está complicando o debate interno no Fed sobre o início do aumento dos juros esperado para o próximo ano.

Em declarações que alertaram sobre as dificuldades da Europa e do Japão ele elevar a inflação, Evans disse que vê pouca pressão de preços, fraco crescimento de salários e nenhuma mudança nas expectativas do público sobre os níveis de preços.

Evans não tem atualmente poder de voto no comitê de decisão de política monetária do Fed, mas o terá em janeiro.

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