Economia

Europa tem três meses para salvar o euro, afirma Soros

Para bilionário, credores devem ficar no controle e nada pode ser feito sem a Alemanha

Soros diz que maiores problemas da crise são o sistema bancário e a competitividade (Spencer Platt/Getty Images)

Soros diz que maiores problemas da crise são o sistema bancário e a competitividade (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 08h28.

Nova York - O mega investidor George Soros disse que a Europa tem três meses para salvar o euro. "Na minha opinião, as autoridades tem uma janela de três meses em que eles podem corrigir seus erros e reverter a atual tendência", disse ele durante uma seminário de economia na Itália.

Segundo ele, durante uma crise, os credores ficam na direção e nada pode ser feito sem o apoio da Alemanha, ressaltando que a oposição pública contra a austeridade na zona do euro deve crescer até que esta medida seja revertida.

A Grécia realiza, no dia 17 de junho, eleições pela segunda vez em seis semanas após uma votação inconclusiva feita em 6 de maio. Com a esquerda radical do partido Syriza, principal opositor do acordo de resgate entre Europa e Fundo Monetário Internacional (FMI), liderando as pesquisas, a eleição poderá levar a Grécia a deixar a zona do euro.

O bilionário acredita que a crise deve chegar ao seu clímax durante o outono europeu, que começa no fim de setembro.

"Neste período, a economia alemã também estará se enfraquecendo e a chanceler Angela Merkel achará ainda mais dificuldade do que hoje para persuadir a sociedade alemã a aceitar qualquer responsabilidade adicional pela Europa", afirmou Soros.

Segundo ele, as autoridades não entendem a natureza da crise do euro. "Eles pensam que é um problema fiscal enquanto a crise é mais um problema do sistema bancário e um problema de competitividade", ressaltou.

Ele disse que o remédio que está sendo aplicado também está errado. "Você não pode reduzir a dívida através do encolhimento da economia, mas crescendo e desta forma criando uma saída para fora da crise", disse. As informações são da Dow Jones.

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