Economia

Europa propõe livre comércio de produtos agrícolas ao Mercosul

A União Européia acaba de sinalizar com uma proposta para o Mercosul. Pelo acordo especial, os países do mercado comum - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - ganhariam acesso privilegiado ao mercado europeu de produtos agrícolas. A proposta, a ser apresentada formalmente nos próximos dias, chega no momento em que o G-20, grupo de países latino-americanos […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.

A União Européia acaba de sinalizar com uma proposta para o Mercosul. Pelo acordo especial, os países do mercado comum - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - ganhariam acesso privilegiado ao mercado europeu de produtos agrícolas.

A proposta, a ser apresentada formalmente nos próximos dias, chega no momento em que o G-20, grupo de países latino-americanos liderados pelo Brasil, luta na Organização Mundial do Comércio (OMC) pela liberalização do comércio internacional, especialmente no que diz respeito aos subsídios das nações desenvolvidas à agricultura.

A "aposta" da Europa na América Latina, como noticia o jornal britânico Financial Times, chega também no momento em que a discussão sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) vive um de seus períodos mais conturbados. Os Estados Unidos e países como o Brasil não chegam a um entendimento sobre quais questões podem ser amplamente debatidas na Alca. A última reunião dos negociadores do acordo foi transferida para o final de abril.

Segundo análise do americano The Wall Street Journal, os planos da Europa desafiam as empresas americanas na atual competição por mercados. O Financial Times vai mais longe, ao afirmar que o acordo especial "pode evidenciar para o mundo, e sobretudo para os Estados Unidos, o perigo que representa a maior discriminação no campo da política comercial". Em editorial, o jornal britânico afirma que qualquer concessão da Europa prejudica outros parceiros comerciais, inclusive os países da África, do Caribe e do Pacífico, que também firmaram acordos preferenciais com o bloco europeu.

Em entrevista ao jornal britânico, o embaixador brasileiro junto à União Européia, José Alfredo Graça Lima, afirmou que o acordo é um incentivo ao Mercosul para não levar a União Européia a um painel na OMC. "O acordo faria o Mercosul um aliado, não um adversário", afirmou Graça Lima.

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