Economia

Europa deve arrumar bancos e ser mais unida, diz FMI

A lider também disse que é urgente que líderes europeus participem de forma direta nas instituições bancárias para fortalecer a economia global

"Formadores de políticas precisam traçar um mapa claro de como terminar o trabalho, e não apenas olhar para os próximos cinco ou 10 anos", disse Lagarde (Marcello Casal Jr/ABr)

"Formadores de políticas precisam traçar um mapa claro de como terminar o trabalho, e não apenas olhar para os próximos cinco ou 10 anos", disse Lagarde (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 21h49.

Washington - Restabelecer a saúde dos bancos europeus é fundamental para o fortalecimento de uma economia global que luta para recuperar seus passos e corre o risco de perder terreno, afirmou nesta sexta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.

Ela disse que é urgente que líderes europeus participem de forma direta nos bancos, e no longo prazo precisarão complementar a união monetária com a união financeira.

Unificar a supervisão dos bancos, uma autoridade de resolução bancária e um fundo único de seguro de depósito são medidas essenciais necessárias, afirmou.

Mover-se em direção a uma integração fiscal mais profunda deve caminhar lado a lado com essas medidas, disse Lagarde em discurso preparado para ser proferido no Leaders Dialogue, em Nova York.

"Deixe-me ser clara: o coração da reparação dos bancos europeus está na Europa. Isso significa mais Europa, não menos", disse.

Cinco anos desde o início da crise financeira, novas medidas para reformar o sistema financeiro global ainda é são necessárias, o que significa fortalecer as ferramentas de gestão de crises e a arquitetura geral do sistema, afirmou Lagarde.

Lagarde apontou para um círculo vicioso de eventos que está enfraquecendo o crescimento e deve ser quebrado: acúmulo de tensões financeiras, seguidas de ações de autoridades, apenas para ver novas tensões.

"Os formadores de políticas precisam traçar um mapa claro de como terminar o trabalho, e não apenas olhar para os próximos cinco ou 10 anos, mas para as próximas semanas e meses", disse Lagarde.

Ela instou a seguir uma série de passos e disse que devem ser implementados com rapidez: * Ferramentas mais fortes de gestão da crise * Maior integração fiscal * Romper a relação entre risco soberano e risco financeiro através da capacidade de injetar dinheiro diretamente nos bancos * Uma melhor arquitetura financeira, melhor regulação e uma supervisão mais forte, não só para Europa, mas também em outros países, o que inclui impostos bancários e uma governança interna de alta qualidade.

Acompanhe tudo sobre:BancosChristine LagardeCrise econômicaCrises em empresasEconomistasEuropaFinançasFMIUnião Europeia

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação