Economia

Euro perdeu importância relativa em reservas brasileira

De 2009 para 2010, a participação do euro nas reservas internacionais caiu de 7 por cento para 4,5 por cento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 19h48.

Brasília - O euro perdeu importância relativa na composição das reservas internacionais brasileiras a partir de meados dos anos 2000, quando o Banco Central (BC) passou a adotar uma política de maior diversificação, afirmou o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, nesta terça-feira.

Citando dados até o ano passado, Mendes mostrou durante audiência na comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados que, de 2009 para 2010, a participação do euro nas reservas internacionais caiu de 7 por cento para 4,5 por cento, dando espaço a ativos denominados em dólar australiano, dólar canadense, libra esterlina e iene.

"São países que apresentam sólidos fundamentos fiscais, Canadá, Austrália e outros", afirmou Mendes aos parlamentares.

Mais tarde, abordado por jornalistas, Mendes não quis comentar notícia de que o Brasil estaria em conversações com os demais países do Brics para um possível aumento das compras de títulos denominados em euros em um esforço para amenizar a crise da dívida na Europa.

As reservas internacionais brasileiras somam atualmente 352,282 bilhões de dólares, de acordo com os últimos dados do BC, relativos à véspera.

Durante a audiência, Mendes afirmou que o principal parâmetro adotado pelo BC na aplicação das reservas é a segurança, seguida de liquidez e rendimento.

A rentabilidade das reservas acumulada neste ano está em 4,9 por cento, perto da média histórica de 5,2 por cento, informou o diretor do BC. Em 2009 e 2010, a rentabilidade foi de 0,83 por cento e 1,82 por cento, respectivamente, abalada pela crise internacional.

No final de 2010, 82 por cento das reservas estavam aplicadas em dólares norte-americanos. Questionado por um deputado sobre o impacto na gestão das reservas da redução do rating dos Estados Unidos pela agência de risco Standard & Poor's, Mendes afirmou que era preciso dar a "devida dimensão" ao rebaixamento.

Em uma iniciativa inédita, a S&P reduziu em agosto a nota do crédito de longo prazo dos EUA do patamar máximo de "AAA", para o degrau seguinte, "AA+".

"Estamos falando de uma única agência. Além disso, estamos falando de duplo 'A', que consideramos bastante satisfatório."

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