Economia

EUA têm em março menor nível de contratações em 9 meses

Taxa de desemprego, por outro lado, caiu para 7,6% em grande parte devido às pessoas deixando a força de trabalho


	Pessoas esperam para conversar com potenciais empregadores durante feira de trabalho organizada pelo departamento do Trabalho do Estado de Nova York
 (Lucas Jackson/Reuters)

Pessoas esperam para conversar com potenciais empregadores durante feira de trabalho organizada pelo departamento do Trabalho do Estado de Nova York (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 10h50.

Washington - Os empregadores norte-americanos contrataram no ritmo mais lento em nove meses em março, adicionando apenas 88 mil empregos, um sinal de que a austeridade de Washington pode estar roubando o ímpeto da economia.

A taxa de desemprego, por outro lado, caiu para 7,6 por cento, ante 7,7 por cento anteriormente, mas isso ocorreu em grande parte devido às pessoas deixando a força de trabalho, mostraram dados do Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.

Analistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 200 mil empregos em março.

O ritmo mais lento de crescimento nas folhas de pagamento marca uma inversão profunda da recente tendência na qual o mercado de trabalho parecia estar acelerando seu ritmo de recuperação. Isso também vem depois que Washington aumentou impostos em janeiro, e com a entrada em vigor dos cortes de orçamentos federais em março.

"Quando você chega a números abaixo de 100 mil, você tem que começar a se preocupar", afirmou o economista da Capital Economics em Londres Paul Dales, antes dos dados serem divulgados.

A desaceleração no crescimento de empregos pode deixar as autoridades do Federal Reserve, banco central dos EUA, mais confiantes para continuarem com o programa de estímulo de compra de títulos. As discussões no Fed vem aumentando sobre se o banco deve recuar com as compras, talvez já no meio do ano.

Analistas notaram que os cortes de gastos federais começaram há pouco tempo e serão um peso mais substancial na economia entre abril e junho, quando muitos trabalhadores do governo começam a tirar dias de folga sem pagamento.

As folhas de pagamento do governo diminuíram em apenas 7 mil em março, revertendo o aumento de 14 mil empregos em fevereiro.

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