Economia

EUA podem impor sanções contra membros da "lista de Putin"

A Casa Branca divulgou uma lista com nomes de políticos e executivos de negócios da Rússia, identificando os indivíduos mais influentes nos rumos do país

Putin: "Depois de uma análise extremamente profunda, haverá sanções que saíram desse relatório", admitiu Mnuchin (Sergei Karpukhin/Reuters)

Putin: "Depois de uma análise extremamente profunda, haverá sanções que saíram desse relatório", admitiu Mnuchin (Sergei Karpukhin/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 16h37.

São Paulo - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, admitiu no começo da tarde em audiência pública no Comitê Bancário do Senado que o governo do país pode impor sanções financeiras contra dezenas de cidadãos da Rússia.

A Casa Branca divulgou ontem uma lista com nomes de políticos e executivos de negócios da Rússia, identificando oligarcas e os indivíduos mais influentes nos rumos do país.

A lista havia sido exigida por uma lei aprovada pelo Congresso americano no ano passado com o objetivo de punir a Rússia pela suposta intervenção nas eleições presidenciais de 2016. O governo Trump divulgou a lista no último dia, com o objetivo de expor indivíduos que fizeram fortuna ou ganharam poder através de suas relações com o presidente russo, Vladimir Putin. O documento foi informalmente chamado de "lista de Putin".

A lista inclui 114 indivíduos considerados pelo Departamento do Tesouro como figuras políticas. Também inclui 96 pessoas consideradas "oligarcas". Segundo o Departamento do Tesouro, cada um dos indivíduos possui uma fortuna de cerca de US 1 bilhão ou mais.

"Depois de uma análise extremamente profunda, haverá sanções que saíram desse relatório", admitiu Mnuchin aos senadores.

Câmbio

Mnuchin manifestou ainda apoio ao dólar forte "no longo prazo". "Eu apoio completamente um dólar mais forte no longo prazo, como uma medida de interesse para o país", afirmou Mnuchin, ao ser questionado pelos senadores. Ele manifestou compromisso também com o mercado livre de câmbio, "sem intervenção governamental".

O comentário do secretário do Tesouro nesta terça-feira é praticamente o oposto do que ele defendeu na semana passada no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Na Suíça, Mnuchin comentou que um dólar mais fraco era bom para a economia dos EUA, por aumentar as exportações e reduzir as importações. A fala dele causou desconforto entre líderes mundiais e formuladores de política econômica presentes no evento.

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os comentários de Mnuchin foram "retirados de contexto".

Em relação ao crescimento econômico dos Estados Unidos, Mnuchin disse prever "crescimento do Produto Interno Bruto americano na faixa de 3% por algum tempo".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)RússiaSançõesVladimir Putin

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame