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EUA impõem novas sanções a Cuba por apoio à Venezuela

Segundo o departamento de Comércio norte-americano, outro ponto que levou ao aumento das sanções foi a violação de direitos humanos

Cuba: país terá sanções ampliadas (Henry Romero/Reuters)

Cuba: país terá sanções ampliadas (Henry Romero/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 20h41.

Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 20h46.

Washington - Os Estados Unidos decidiram impor novas sanções a Cuba por violações a direitos humanos e por dar apoio ao governo da Venezuela. O governo norte-americano publicou nesta sexta-feira (18) uma série de medidas para tornar mais rígido o embargo comercial aplicado há mais de 50 anos a Cuba e afirmou que a decisão é uma represália pelo apoio da ilha a Nicolás Maduro.

As novas sanções, que entrarão em vigor na próxima segunda-feira, foram publicadas pelo Departamento de Comércio no Registro Federal, o diário oficial do governo dos EUA. Segundo o documento, o objetivo das medidas é fazer com que Cuba "seja responsável pelo apoio ao regime de Maduro na Venezuela".

"O regime cubano nega ao seu povo as liberdades fundamentais enquanto mantém Maduro no poder usando as forças cubanas de segurança e de inteligência", afirmou o Departamento de Comércio na minuta da legislação que ainda entrará em vigor.

A partir de segunda-feira, os EUA proibirão ao resto mundo vender produtos a Cuba que contenham 10% de componentes americanos - até então, o limite era de 25%. Além disso, só só poderão ser comercializadas à ilha infraestruturas de telecomunicação que facilitem o "livre fluxo de informações entre o povo cubano".

O governo dos EUA também proibirá empresas e cidadãos americanos a comprar "artigos de promoção" do sistema político cubano, mas permitirá se a aquisição for de um produto oriundo do setor privado.

Outra mudança está nas doações de materiais científicos, culturais e educacionais à Cuba. Antes, a Casa Branca permitia repasses destinados a "apoiar o povo cubano", mas agora incluiu na legislação vigente um trecho para deixar claro que nem o governo nem o Partido Comunista de Cuba podem se beneficiar dessas doações.

As medidas, que podem ser alteradas antes de entrarem em vigor, não foram anunciadas oficialmente pela Casa Branca, mas já gerou reação em Cuba.

No Twitter, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciou as novas medidas para intensificar o bloqueio econômico contra o país e afirmou que a decisão dos EUA é "desumana, cruel, injusta e genocida".

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, também condenou as medidas de Donald Trump e afirmou que elas representam uma política "isolada internacionalmente e promovida por um governo corrupto".

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