Economia

EUA dizem que China tem "mais a perder" em guerra comercial

Tensão comercial entre os países aumentou no fim da semana passada e culminou em ameaça americana de tarifar produtos chineses em mais de US$ 400 bilhões

EUA e China: conselheiro da Casa Branca disse que será limitado o impacto das tarifas recíprocas sobre os consumidores dos EUA (Hyungwon Kang/Reuters)

EUA e China: conselheiro da Casa Branca disse que será limitado o impacto das tarifas recíprocas sobre os consumidores dos EUA (Hyungwon Kang/Reuters)

A

AFP

Publicado em 19 de junho de 2018 às 16h43.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 17h14.

A China tem "mais a perder" que os Estados Unidos na disputa comercial entre os dois países, mas Washington continua aberta diálogo para resolver o conflito, garantiu nesta terça-feira (19) um conselheiro econômico da Casa Branca, depois das ameaças de Donald Trump de impor novas e proibitivas tarifas.

A guerra entre os dois países continua nesta terça-feira, depois de Trump alertar, na segunda, que se Pequim voltar a impor tarifas, Washington replicará com 10% sobre bens chineses equivalentes a 200 bilhões dólares, para um possível total de 450 bilhões, ou seja, quase todas as importações da China.

O conselheiro Peter Navarro avaliou em uma teleconferência que nesta guerra "a China tem mais a perder do que os Estados Unidos", e que o impacto das tarifas recíprocas sobre os consumidores dos EUA será limitado.

A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira a imposição de tarifas aduaneiras de 25% sobre bens importados da China por 50 bilhões de dólares para compensar o suposto roubo de propriedade intelectual e tecnologia por parte de Pequim.

O governo chinês respondeu anunciando represálias equivalentes contra produtos norte-americanos.

Navarro explicou que as novas taxas de 25% são resultado do fracasso das discussões entre os dois países.

"Não houve progresso, apesar dos esforços do presidente e de sua equipe", disse ele, acrescentando que as relações entre Trump e seu colega chinês Xi Jinping ainda são muito boas.

No entanto, Navarro deixou em aberto a possibilidade de continuar a negociar.

"Nossas linhas telefônicas estão abertas. Continuam abertas", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:ChinaComércio exteriorEstados Unidos (EUA)Guerras comerciais

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor