Economia

EUA atendem solicitação do Brasil em relação ao aço, diz ministério

Brasil exporta mais de 30% da produção siderúrgica nacional para o mercado norte-americano e emprega cerca de 140 mil trabalhadores no setor

Aço: Medida possibilita isentar das limitações quantitativas e da tarifa adicional de 25% de importação (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Aço: Medida possibilita isentar das limitações quantitativas e da tarifa adicional de 25% de importação (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 20h56.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) comemorou hoje (30) a decisão do governo dos Estados Unidos de flexibilizar a aplicação das tarifas para exportação de aço de outros países. A medida tem impacto para o Brasil, que exporta mais de 30% da produção siderúrgica nacional para o mercado norte-americano e emprega cerca de 140 mil trabalhadores no setor.

A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, possibilita isentar das limitações quantitativas e da tarifa adicional de 25% de importação os produtos de aço desde que não haja produção nos EUA em quantidade ou qualidade suficientes ou, ainda, com base em considerações de segurança nacional. Em ambos os casos, segundo o ministério, as isenções dependem de um pedido específico que deverá ser aprovado pelo secretário de Comércio dos EUA.

"As mudanças nas regras publicadas ontem haviam sido solicitadas pelo governo brasileiro em gestões com suas contrapartes nos Estados Unidos. O governo brasileiro seguirá trabalhando para preservar os interesses dos exportadores e produtores brasileiros em relação ao mercado norte-americano", afirmou o MDIC, em nota.

Até então, as exportações brasileiras de aço estavam sujeitas a uma cota de 70% da média vendida nos últimos anos, além do pagamento de tarifa de importação cuja alíquota era de 25%.

Associação das empresas do setor no Brasil também avaliaram como positiva a flexibilização aprovada pelo governo Trump: "Em princípio, o Instituto Aço Brasil entende que a proclamação vai na direção daquilo que vinha sendo pleiteado pelo setor, que é a transformação do sistema de hard quotas para soft quotas, o que significa dizer que, após o atingimento do limite da cota, as exportações poderiam ser mantidas com a tarifa de 25%", afirmou a entidade, também em nota.

Acompanhe tudo sobre:acoBrasilDonald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor