Economia

Estoque de crédito no Brasil sobe 0,4% em novembro, diz BC

No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 5,3 por cento, contra 5,4 por cento no mês anterior

Crédito no Brasil: spread bancário recuou a 34,2 pontos percentuais no mesmo segmento, contra 35,2 pontos em outubro (iStock/Thinkstock)

Crédito no Brasil: spread bancário recuou a 34,2 pontos percentuais no mesmo segmento, contra 35,2 pontos em outubro (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 11h26.

Última atualização em 22 de dezembro de 2017 às 11h32.

Brasília - O estoque total de crédito no Brasil cresceu pelo segundo mês consecutivo em novembro, com alta de 0,4 por cento sobre outubro, a 3,064 trilhões de reais, num período mais forte para o varejo por conta da Black Friday.

Nos 11 meses do ano, contudo, o estoque recuou 1,4 por cento, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira. Em 12 meses, a contração é de 1,3 por cento.

Os números refletem a persistente fraqueza na tomada de empréstimos no país, puxada sobretudo pela debilidade no segmento de pessoas jurídicas, apesar da gradual retomada da atividade econômica.

Em novembro, houve recuo de 0,2 por cento no estoque de crédito das empresas sobre o mês anterior. Por sua vez, as famílias registraram aumento de 0,8 por cento na mesma base de comparação.

A incipiente reação no mercado de crédito ocorre a despeito das sucessivas quedas na taxa básica de juros. Até novembro, a Selic estava em 7,5 por cento ao ano, tendo sido reduzida para a mínima histórica de 7 por cento em dezembro.

Reagindo ao ciclo, os juros médios no segmento de recursos livres, em que as taxas são livremente definidas pelas instituições financeiras, caíram a 42,7 por cento ao ano em novembro, contra 43,6 por cento em outubro.

O spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final, também caiu a 34,2 pontos percentuais no segmento de recursos livres, sobre 35,2 pontos no mês anterior.

Isso ocorreu num mês em que a inadimplência diminuiu a 5,3 por cento no mesmo segmento, igualando o nível alcançado pela última vez em dezembro de 2015. Em outubro, o patamar foi de 5,4 por cento.

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