Economia

Estamos absolutamente tranquilos, diz Guedes sobre cenário internacional

Ao ser questionado sobre a patamar do dólar, o ministro da Economia respondeu que a prioridade do país é o regime fiscal

Guedes: (Adriano Machado/Reuters)

Guedes: (Adriano Machado/Reuters)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 9 de março de 2020 às 11h17.

Última atualização em 9 de março de 2020 às 11h20.

Brasília — O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que o coronavírus foi gota d’água para mundo que já estava em desaceleração econômica, e reafirmou que a resposta do país ao ambiente deve ser dada com a realização das reformas econômicas.

Citando o crescimento de 1,7% do PIB no quarto trimestre sobre igual etapa de 2018, o ministro disse, ao chegar no Ministério da Economia, que o Brasil está em “plena reaceleração”.

“O mundo descendo e o Brasil começando a subir. Aí veio o coronavírus. Isso agudiza a crise. Qual a minha resposta a isso? Temos que manter absoluta serenidade e a melhor resposta à crise são as reformas”, disse.

“O coronavírus está sendo só a gota d’água porque o mundo já estava desacelerando e o coronavírus na verdade virou uma pandemia que acelerou essa queda da economia mundial”, avaliou.

Dólar

Guedes respondeu aos questionamentos sobre o patamar do dólar e a eventualidade do aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), afirmando que a equipe econômica está absolutamente tranquila.

"Estamos absolutamente tranquilos e confiantes", disse o ministro, que não respondeu sobre a possibilidade de aumentar ou não a Cide em função da queda dos preços do petróleo. "Absoluta serenidade. A crise lá fora está se aprofundando. O mundo lá fora já estava em desaceleração. A principal mensagem de Davos, e eu avisei, é que o mundo está em desaceleração sincronizada. Todo mundo está descendo", comentou.

Para o ministro da Economia, o Brasil está na direção contrária, em "reaceleração", como tem dito nos últimos dias.

O dólar começou a semana batendo mais um recorde nominal - descontando a inflação - desde o Plano Real, atingindo a casa de R$ 4,79, na manhã desta segunda-feira.

Quando questionado sobre a patamar da moeda, o ministro respondeu que o País hoje tem como prioridade o seu regime fiscal. "O Brasil era paraíso dos rentistas e inferno dos empreendedores. Na véspera de eleição muitas vezes o Brasil praticou populismo cambial", disse, acrescentando que o governo está consertando o regime fiscal brasileiro.

"Esse novo país tem juros mais baixos e câmbio numa faixa mais alta. E o câmbio é flutuante", destacou o ministro da Economia.

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