Economia

Espanha vai incluir drogas e prostituição no seu PIB

PIB espanhol deverá subir de 2,7 para 4,5%

Carregamento de drogas apreendido pela polícia em 24 de abril de 2014 (Divulgação via AFP)

Carregamento de drogas apreendido pela polícia em 24 de abril de 2014 (Divulgação via AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 18h18.

Madri - A prostituição, o tráfico de drogas e o contrabando de tabaco: todas essas atividades ilegais serão integradas a partir de setembro no cálculo do PIB da Espanha, que deverá subir de 2,7 para 4,5%, anunciou nesta quinta-feira o instituto de estatística espanhol.

Desta forma, Madri se adequará às novas regras europeias.

A Itália e o Reino Unido fizeram anúncios semelhantes nas últimas semanas, com Londres dizendo que a receita gerada pelo tráfico de drogas e a prostituição poderia aumentar seu PIB em 12,3 bilhões de euros, um pouco menos do que 1%.

O Instituto Espanhol de Estatística (Ine) não detalha a contribuição específica dessas atividades ilegais, admitindo "as dificuldades inerentes à sua contabilização", mas, combina em seu cálculo várias metodologias: a da Eurostat para integrar tais atividades, mas também leva em conta novas informações estatísticas, tais como o censo mais recente.

Ele também acrescenta a nova metodologia internacional para o cálculo do PIB, que coincidentemente também tem de ser aplicada o mais tardar em setembro, o que também irá aumentar os níveis de riqueza, incluindo as despesas com pesquisa e desenvolvimento.

O orçamento atribuído aos equipamentos militares também será levado em conta.

No final, o Ine calcula que o PIB espanhol deverá aumentar de 2,7% a 4,5%. Ele planeja lançar em 25 de setembro todos os números, de 1995 a 2013, revisados de acordo com esses novos critérios.

O PIB do país também sofre influência de uma grande economia do submundo (neste caso, de atividades lícitas, mas não declaradas), estimada em torno de 20% do PIB por vários estudos.

A Espanha, quarta maior economia da zona do euro, saiu recentemente de sua segunda recessão em cinco anos, e registrou um crescimento de 0,4% no primeiro trimestre, o dobro da média da zona do euro.

No entanto, em relação ao emprego, não se vê melhorias. No final de março, a taxa de desemprego atingiu os 25,93%, e, de acordo com projeções do governo, só deve baixar a menos de 20% em 2017.

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