Economia

Espanha se prepara para retração no turismo, após alta de 8,1%

País pretende cortar cerca de 36 bilhões de euros de seus planos de gastos para reduzir seu déficit público de estimados 8% do PIB em 2011

O cenário para 2012 está obscurecido por previsões econômicas sombrias para alguns dos principais mercados da Espanha, como França e Itália (Samantha Villagran/SXC)

O cenário para 2012 está obscurecido por previsões econômicas sombrias para alguns dos principais mercados da Espanha, como França e Itália (Samantha Villagran/SXC)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 13h51.

Madri - O crescimento da indústria do turismo da Espanha vai cair drasticamente este ano com a recessão econômica atingindo alguns dos seus principais mercados, disse o novo ministro da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soría, nesta terça-feira.

O turismo é responsável por cerca de 10 por cento do produto interno bruto da Espanha e é um dos poucos motores de crescimento de um país sob o peso de um desemprego cronicamente alto e diante de outra recessão.

A chegada de visitantes aumentou 8,1 por cento, passando a 56,9 milhões em 2011, segundo dados do governo, num momento em que a agitação política afastava muitos turistas de destinos rivais no norte da África.

Os números foram incrementados pela recuperação na chegada de turistas britânicos e a demanda crescente de países nórdicos. Mas o cenário para 2012 está obscurecido por previsões econômicas sombrias para alguns dos principais mercados da Espanha, como França e Itália.

"Haverá crescimento em 2012, mas em taxas muito menores", disse Soría.

Para ajudar a Espanha a cumprir metas de déficits orçamentários este ano, Soría disse que o governo de centro-direita eleito em novembro tentará privatizar os mais de 90 hotéis estatais conhecidos como "paradores".

Ele descartou a possibilidade de ajuda pública para o setor.

A Espanha pretende cortar cerca de 36 bilhões de euros (45 bilhões de dólares) de seus planos de gastos para reduzir seu déficit público de estimados 8 por cento em 2011 para 4,4 por cento do produto interno bruto em 2012.

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