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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.
O setor público consolidado (União, estados, municípios e empresas estatais) registrou em maio um resultado fiscal positivo de 6,3 bilhões de reais. Com isso, o superávit primário (receitas menos despesas, excluídos gastos com juros) alcançou 46,7 bilhões de reais, ou 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), no acumulado de 2006 - valor 7,1% menor do que o registrado entre janeiro e maio de 2005, de 50,3 bilhões de reais.
O governo central foi quem mais contribuiu para o resultado positivo de 2006, com 31,7 bilhões de reais. Os governos regionais geraram 10,1 bilhões, enquanto as estatais foram responsáveis por 5 bilhões. Apesar do esforço fiscal das três esferas, o superávit conseguido entre janeiro e maio não foi suficiente para pagar os juros, que ficaram em 64,2 bilhões de reais, ou 8% do PIB.
De acordo com o Banco Central, nos últimos doze meses o valor do superávit do setor público é de 89,9 bilhões de reais, ou 4,5% do PIB, "patamar compatível com o cumprimento da meta estipulada para o ano (4,25% do PIB)". No mesmo período, os juros pagos somaram 156,5 bilhões de reais.
Dívida
A dívida mobiliária federal, excluindo-se o Banco Central (BC), totalizou 999,1 bilhões de reais em maio. "Este resultado reflete resgates líquidos de 18,2 bilhões de reais e incorporação de juros de 14,5 bilhões de reais", afirmou o BC.
O total dos títulos do governo em mercado aberto foi constituído no mês em sua maior parte por papéis atrelados à taxa Selic (40,5%). Uma parcela de 27,1% foi formada por títulos prefixados, enquanto outros 20,1% estavam vinculados a índices de preços. A participação dos títulos atrelados ao dólar subiu de 2,1% em abril para 2,3% em maio, "devido a apreciação do dólar frente ao real em 10,1%", segundo o BC. O tempo médio do vencimento dos títulos manteve-se em 16,5 meses.