Economia

Entidades empresariais apoiam manutenção da taxa Selic em 6,5%

Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 6,5% pela 9ª vez consecutiva

Entidades avaliaram que não havia espaço para Banco Central rezudir Selic diante da tendência de alta da inflação, de articulações políticas estagnadas em Brasília e do cenário internacional vulnerável (//Getty Images)

Entidades avaliaram que não havia espaço para Banco Central rezudir Selic diante da tendência de alta da inflação, de articulações políticas estagnadas em Brasília e do cenário internacional vulnerável (//Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de maio de 2019 às 20h46.

Entidades empresariais de São Paulo e do Rio de Janeiro manifestaram apoio à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5%. Pela nona vez consecutiva, os juros básicos da economia não foram alterados. A decisão de hoje (8) foi tomada por unanimidade e era esperada por analistas financeiros.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), "prevaleceu a postura equilibrada entre a atividade econômica ainda fraca e o ambiente político conturbado". A entidade avaliou que "não havia espaço para queda da Selic diante da tendência de alta da inflação, de articulações políticas estagnadas em Brasília e do cenário internacional vulnerável".

Em nota, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) avaliou a decisão como acertada "diante de um cenário de inflação corrente e expectativas alinhadas dentro da meta determinada e da incerteza quanto a aprovação da reforma da Previdência". A entidade defende, no entanto, que uma redução da taxa será necessária nas próximas reuniões caso se mantenha a conjuntura de fraco desempenho econômico e inflação "bem-comportada", como observado no primeiro trimestre.

Para a Firjan, o desequilíbrio fiscal é a única variável que impede o crescimento sustentado. "Nesse sentido, a aprovação da reforma da Previdência é fundamental. Sem isso vamos seguir a conjuntura de baixo crescimento, correndo o risco de voltarmos a ter inflação e juros altos".

Redução

O presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, por sua vez, avaliou que a alta do dólar, as incertezas em torno da reforma da Previdência e a inflação ultrapassando o centro da meta de 4,25% fixada para este ano foram decisivas para a manutenção dos juros.

Para Ferreira, os sinais de desaquecimento da atividade econômica e o desemprego elevado indicam a necessidade de redução da taxa Selic. "A queda dos juros é indispensável para estimular o crescimento da economia brasileira e a criação de empregos", disse Ferreira em nota.

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